Rádio Grilo

05. Flávia Branco: Minas na Trilha, Superação de Traumas, Trail Running e Esportes de Montanha

João Agapito Episode 5

A Flávia Branco é praticante de trail running e fundadora do coletivo de mulheres Minas na Trilha, que é sediado em Belo Horizonte, MG e tem como propósito reunir mulheres para a prática de esportes de montanha, como trail running e mountain bike.

Nesse bate-papo vamos descobrir como e por que o coletivo foi criado, conhecer o processo de superação de trauma da Flávia através do esporte e ouvir histórias inspiradoras das participantes do grupo.

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João Agapito (00:00)
Fala galera, sejam bem-vindos a Rádio Grilo, seu podcast do Mundo Outdoor. E no episódio de hoje a gente vai falar com a Flávia Branco, fundadora do coletivo de mulheres Minas na trilha, que é sediado Belo Horizonte, Minas Gerais, e tem como propósito reunir mulheres para a prática de esportes de montanha, como o trail run e o mountain bike. A gente vai falar sobre como e por que o coletivo surgiu, o trauma que ela vem superando através do esporte.

escutar histórias bacanas e muito mais. Bora lá?

João Agapito (00:59)
Eu já vou tomar liberdade de te chamar de Flavinha, tá?

Flávia Rabelo Branco (01:02)
Pode, por favor, porque Flávia é muito séria. Não gosto que me chamem de Flávia.

João Agapito (01:08)
você é de BH mesmo?

Flávia Rabelo Branco (01:10)
Sou, sou de BH.

João Agapito (01:12)
eu estava pensando aqui, eu acho que o Belo Horizontino tem uma predisposição maior a esse corredor de montanha, porque, bom, você andando por BH, própria topografia da cidade te incentiva a isso, por exemplo, eu tenho amigo que mora ali no Santo Antônio, nossa, eu lembro que saindo da casa dele para ir na padaria, você tinha que literalmente subir uma montanha.

Flávia Rabelo Branco (01:37)
Aham, exatamente. Eu fico brincando que eu comecei no Trail Run quando eu comecei minha faculdade, porque às vezes eu saía da faculdade, tipo assim, já lanchava...

o dinheiro da passagem saia mais cedo e a pé para a escola vez de ter que subir de ônibus subir aí eu subi a fons pena que a fons pena é uma das minhas avenidas favoritas daqui de belhorizonte porque eu acho que você consegue ter os dois extremos uma avenida só se você andar por ela inteira né ela começa lá na rodoviária onde você tem assim uma realidade bem precária né de vida e aí você vai andando ao longo assim você vai

vendo vários comércios, começam as igrejas, aí vem o parque, aí daí pro parque eu começava a subir, que é quando começa a subir mesmo, né? E aí você vai andando, andando e as coisas vão mudando. De repente, se você continuar até o final, você chega na Serra do Curral, no bairro Mangabeiras, que a realidade é outra, completamente diferente lá de onde você começou. E aí eu saía da faculdade e com o mochilinho nas costas

Aí eu ia subir sem parar, porque eu gostava. Então assim, eu já subia sem imaginar que dia eu ia subir tanto assim, montanha na vida.

João Agapito (02:55)
É legal. Então, eu morei BH por quase dois anos. Sou apaixonado com cidade. E dos principais motivos é justamente essa questão da topografia, de muitas montanhas e o fácil acesso que você estava, por exemplo, descrevendo o percurso que você fazia, que dava na Serra do Curral. Que essa serra é maravilhosa, onde você pode entrar, tem várias trilhas, tem umas...

Tem umas lagoas que você consegue ver lá de cima. Então, eu acho que esse contato fácil com montanha, esse contato fácil com natureza, é negócio que torna BH uma cidade muito especial.

Flávia Rabelo Branco (03:24)
Sim.

Nossa, eu sou suspeita assim. E eu acho legal, na verdade, porque a gente aqui pega o eu gosto, particularmente, é a serra do espinhaço, que é aquela pedraiada assim e tal. Então eu gosto muito desse tipo de relevo, de terreno.

que acaba sendo pouco mais técnico, como as vezes você vai para algumas montanhas que eu fico brincando que é caminho de vaca, que é tipo assim, aquela lamaiada e grama e... eu não gosto muito não, gosto é da pedraiada

João Agapito (04:05)
Bom dia, a gente já entrou no assunto do Trail Run, então conta pra gente como foi o seu começo no esporte.

Flávia Rabelo Branco (04:13)
Eu comecei a correr do zero no final de 2017. Eu já estava na faculdade. Eu sempre fui de movimentar e de fazer alguma atividade física a vida inteira.

Eu sempre fui uma pessoa mais agitada, assim. Eu sou coreana e eu gosto muito de coisas novas também, então assim, eu sempre fui buscando diferentes tipos de fontes, gosto de beber diferentes fontes, sabe? E aí, na corrida, eu comecei no final de 2017 por inspiração de amigo que eu ficava vendo no Instagram.

e ele postava uns lugares lindos, lindos e eu ficava doida, falava assim gente eu vou começar queria emagrecer também na época assim e tal aí eu falei vou pegar firme nesse trem e fui insistindo assim no início é muito difícil que eu sempre falo com as meninas às vezes que estão começando eu falo gente é difícil tem que insistir muito porque

Até se chegar nessa vibe de estar curtindo e tal. E até hoje, assim, por mais que eu corra mais, não significa que deixou de ser difícil. A gente que vai ficando cada vez mais forte e resistente. E aí eu conheci o Calma Clima. que aí é grupo de corrida daqui de Belo Horizonte que eles correm na rua.

Hoje, nossa, corre mais de mil pessoas, às vezes, na cidade. É bem legal, eu gosto muito, eu sempre indico para quem está começando a correr que aí eles correm terça-feira e quinta. Só que antes da pandemia, porque isso foi antes da pandemia, tiveram diferentes fases. O trem era tão grande que às vezes tinha corrido a terça, quarta, quinta e aí eles começaram com o creme, que era uma modalidade de ir para a montanha, porque até então, isso não...

Era mundo meio diferente, desconhecido para mim. Eu nunca tinha tido contato próximo disso, porque eu nunca tive família do interior. Eu já fui fazenda, eu sempre curtia uma cachoeira, mas era pouco distante para mim. Eu sempre fui mais da cidade, do rolê, da balada e tal. E aí, o Bernardo começou com essa modalidade do creme, que era para ir para o...

pra montanha e eu fui e eu apaixonei, falei nossa isso é muito legal, eu preciso fazer mais vezes. Mas ainda tinha uma certa dificuldade de conseguir ir, né, porque é difícil assim o desconhecido ou de você conseguir as pessoas, de estar sozinha e tal, aí tinha umas amigas que abri de 10 anos, a gente juntava pro meu decorrer, a gente sempre ficava falando, a gente precisa ir mais, a gente precisa ir mais. Só que acabou.

que não dava e tal. E aí veio a pandemia. E na pandemia a gente precisava se isolar pouco mais. E assim, para mim, por mais que tenha sido momento muito difícil, muito triste, muito ruim, eu acho que eu consegui aproveitar bem de conseguir olhar pouco mais para mim, buscar autoconhecimento. A gente tinha que ficar...

João Agapito (07:13)
E

Flávia Rabelo Branco (07:32)
mais isolado e eu ficava comigo mesma. Então eu fui me conhecendo mais, me sentindo mais e aí eu aproveitei essa oportunidade de ir mais para a montanha. E aí foi no início de 2021, acho que logo no primeiro domingo que eu resolvi ir sozinha.

E aí eu fui lá com a minha pochetinha com duas garrafinhas de 150ml, mais umas paçoquinhas e bananinha e sonho de curtir a trilha. E aí foi muito legal porque eu encontrei várias pessoas pelo caminho que me ajudaram a não me perder porque eu me perco facilmente. Eu sou meio ruim de...

de localização, até eu conseguir entender e realmente saber das linhas. Foram várias vezes que eu tive que ir. E aí nesse domingo eu consegui no final, morri. Foi, sido a primeira vez, acho que eu cheguei a fazer 23 quilômetros, eu demorei muito tempo. Mas foi, assim, sensacional que foi marco, assim, para mim de saber que eu conseguia, que eu podia, que eu era capaz.

que dava pra fazer e assim foi mágico eu me diverti horrores mesmo sozinho eu sempre gosto de ir com somzinho geralmente eu estou escutando música e no alto astral e aí foi super legal e eu falei cara eu preciso fazer isso porque eu não faço isso sempre eu preciso de tipo ainda mais que era domingo e aí minha mãe é católica e

tinha essa coisa de domingo na missa e tal eu ficava assim gente isso aqui vai ser a minha missa sabe eu levar eu gosto disso me faz bem eu preciso viver isso religiosamente todo domingo e aí ficou definido desde então que todo domingo desde janeiro de dois mil vinte eu acho que quando eu comecei a me considerar realmente assim do meio do trail run eu comecei a correr montanha

todo final de semana e me perdia e

Outra coisa que eu ficava assim, eu vou fazer prova não.

Só que eu falava, pô, eu preciso pelo menos participar de uma pra poder falar que realmente eu não gosto de corrida, Fala assim, ai já participei de uma e foi pá e tal.

Aí nesse meio termo eu resolvi participar da Caminhas de Rosa, foi minha primeira prova 2021. Foi uma versão pocket e aí eu fiz 21 km e aí eu ganhei a prova. Eu falei uai, gente, até que legal, hein? Na verdade eu fiquei surpresa porque eu não imaginava que eu...

João Agapito (10:13)
E

Flávia Rabelo Branco (10:24)
que eu mandava bem assim desse jeito

João Agapito (10:26)
Eu acho muito bacana que você trouxe o Calma Clima, que para quem não conhece esse grupo de corrida, que se não é o maior do mundo, é dos maiores. Então, eu também tive oportunidade de correr com eles e eu acho incrível a oportunidade que você tem de correr pela cidade, conhecer ruas e lugares que você não conheceria. Enfim, quando você vai correndo, a experiência é outra.

E aí eu vi também que eles abriu essas vertentes de começar a na montanha. Então você já teve uma inspiração bacana, né? E aí, enfim, você começou na corrida de montanha. começou inclusive a competir, ganhou uma competição. E como é foi a ideia do Minas na trilha?

Flávia Rabelo Branco (10:53)
Vem!

Sim.

eu sempre tive vontade essa ideia, assim... o Calma antes tinha, como eu te falei, tinha várias opções de corrida e aí tinha o Climanas, que foi criado logo quando eu comecei a correr.

que aí era o corre, primeira quinta-feira do mês, exclusivo só para mulheres que a gente corria juntas na rua. E eu achava, assim, sensacional. No início eu não conseguia ir sempre, mas quando eu comecei a ir algumas vezes, quem organizava e puxava era a Brígida, que a gente é muito amiga, e

eu vi também que tinha...

poucas mulheres que corria, isso já ficava dentro de mim. Já tinha uma questão do Climanas, que eu achava legal, já tinha uma inspiração ali. Aí eu comecei no trail, sentia essa falta, essa necessidade de ter mulheres. Aí eu conheci grupo de corrida exclusivo para mulheres dos Estados Unidos, que chama Wild Woman Running, que eu achava super legal, mandava para a Bridget ela falava

Brin, olha isso, a gente precisa fazer alguma coisa assim, que é legal demais. Só que nada daquilo ainda me, assim, porque dá trabalho, né? Não é fácil organizar e depositar sua energia naquilo pra dar certo. Porque eu sinto que geralmente quando as pessoas fazem...

por modinho, ou meio tipo assim, vamos fazer e tal. A coisa não engata. eu acho que você tem que ter uma coisa ali, propósito maior, E é só essa questão das mulheres, assim, é muito importante, né, para mim.

E esse discurso que a gente tem que carregar até hoje, pleno século XXI, das dificuldades que a gente tem, dos medos, dos abusos que a gente sofre, isso tudo...

sempre esteve presente dentro de mim, vontade e tal, assim como acredito que é sentimento compartilhado entre todas as mulheres. Mas na verdade eu só consegui engatar, assim mesmo, quando eu passei por uma história, assim, na minha vida que eu tenho várias histórias para poder contar, principalmente pela questão de montanha que eu adoro, mas tem uma história que eu corri muito dela.

durante a minha vida inteira. Só que na corrida eu acabei batendo de frente com ela, foi por já ter passado por abuso sexual. Eu já fui estuprada e aí, muitos anos atrás, tudo veio à tona quando uma amiga minha compartilhou caso dela comigo. Aquilo mexeu comigo e eu fiquei assim, cara, eu nunca queria passar isso porque a gente é uma... Se você perguntar para qualquer...

Qual o maior medo dela? Ela vai te falar provavelmente alguma coisa nesse sentido. Eu tenho medo de estuprada, tenho medo de cara me pegar, eu tenho medo disso e aquilo. E aí quando eu me vi nessa situação a única coisa que... Nossa, foi... Aí entrei depressão porque foi todo processo, Até deu a entender tudo que eu tinha vivido, Todas as coisas. Eu entrei depressão.

E na época, minha melhor amiga tinha viajado, eu tinha perdido meu emprego. E aí a única coisa que eu tinha assim era o esporte e a montanha, e que me salvava. E aí nisso também eu não compartilhava com as pessoas na época, que eu ainda não sabia muito bem como é que eu ia fazer. Tinha uma pessoa ali, outra aqui. E aí eu fui me envolvendo com a galera do trail, muito forte assim, criando vários amigos.

que corriam mais que eu e isso era bom porque era o que me puxava, que eu só tava chute, ladeira abaixo. Aí os meus brothers da montanha vieram me puxando para cima sem saber de tudo que estava acontecendo. aí nisso veio... Só que eu sentia que o eu precisava era de mulheres para me ajudar nessa situação, por mais que...

a galera, caras, meus amigos, me ajudaram muito. E assim, na verdade eu sempre falo que a solução disso está nos homens, Então, na conscientização dos homens. E eu acho que a gente tem que ter diálogo, tanto que o Minas na trilha não é uma coisa que a gente vem de brigar e de criar, somos nós, mulheres, pelo contrário, gente tá, a gente... veio grupo primeiro pela questão de apoio.

aí, janeiro de 2023, eu juntei com algumas meninas.

E falei, vamos fazer corre, porque a gente precisa encontrar, a precisa estar junto. Eu tinha essa coisa, eu preciso de ter mulheres comigo, porque eu preciso saber que está tudo bem. Por mais que eu estava tendo aquele apoio dos caras, apoio pela questão de ajudar, não de eles me falarem o que fazer e tal, mas assim, de estar forte, de me sentir forte, de saber que eu poderia continuar nessa situação difícil.

Eu queria compartilhar isso com mulheres. E aí foi juntando daí que eu consegui, que aí veio a mistração, eu falei, opa, agora vai porque eu preciso, assim. eu falo com os meninos, eu nunca precisei do Minas para correr. A gente é grupo de corrida que nosso propósito é correr, mas eu acho que para além disso a gente tem assim uma pegada política e não política partidária.

É na pegada da gente entender que nós somos mulheres, que nós somos fortes, que nós somos capazes, que nós juntas somos uma potência muito maior e que cada uma pode ir correr atrás daquilo que quer. E aí é interessante também que outro dia no grupo eu falei com as meninas, a gente estava falando dessa coisa de grupo e tal. Eu falei gente, eu acho que...

Minas na trilha, ser minas na trilha, a gente tem o símbolo da boboleta, que eu vou contar já já por que da boboleta, mas ser minas na trilha não é ser especificamente de grupo, é você entender a sua metamorfose, você abrir suas asas e você ser livre para poder voar, entendeu? E nisso a gente se encontra uma vez por mês para poder trocar, para poder juntar e...

e compartilhar isso, é muito potente, é muito forte. E eu acho que na natureza, na montanha, nesse lugar especial, quando a gente se sente por si só e aí esquece realmente do que é o mundo.

Quando você está na montanha, que você entra conexão consigo mesmo. Então, tipo assim, esses problemas, por exemplo, nossa, será que eu vou ser atacada? Que tem ainda, mas assim, é tão mais leve, é tão... Que aí você consegue explorar, dentro de si, o que você tem de melhor. E aí é muito legal, assim. Então...

Essa história minha particular não foi o que engatou. No início eu não compartilhava isso com as meninas. Porque eu falo que o meninas não é sobre eu, é sobre nós.

João Agapito (18:36)
Bom, Flavinha, primeiramente obrigado por compartilhar uma coisa que é tão íntima com a gente aqui. E eu acho que, acima de tudo, é ato de muita coragem. Porque não é uma coisa óbvia que se traz à tona, que se fala, mas o simples fato de você...

compartilhar essa história com a gente aqui no podcast, eu acho ato de extrema coragem. primeiramente parabéns e obrigado pela sinceridade trazer isso. E pessoas reagem de formas muito distintas a eventos trágicos na vida. Então você pegou esse evento...

Flávia Rabelo Branco (19:19)
Uhum.

João Agapito (19:20)
E você poderia ter transformado isso infinitas coisas, mas você conseguiu canalizar toda essa energia projeto que é maravilhoso e que vem inspirando mulheres, que vem transformando a vida de mulheres. Então, parabéns. De verdade, muito bacana a sua história.

Flávia Rabelo Branco (19:39)
Obrigada. É difícil falar sobre isso. Falando agora que já tem mais de dois anos, eu consigo falar sorrindo, eu consigo trazer, talvez, buscar palavras que sejam melhores para traduzir tudo isso, mas não foi fácil. Teve várias... Como a montanha, teve vários altos e baixos.

É importante, na verdade, gente falar sobre isso, é importante a gente saber sobre isso. Então por isso que o grupo, o Minas na Trilha, eu vejo que, para além da corrida, é lugar seguro. Uma das coisas que eu acho que diminui, que traz número menor de mulheres no esporte, principalmente na montanha,

É isso, é o medo, É o medo. O medo trava muito a gente. Eu falo com os meninos assim, tipo, vocês não sabem como que é acordar e ter que ficar preocupada se sair na rua, se vai voltar, se meu shortinho tá com o tamanho de que vai ficar causando alguma coisa, alguma vontade nos outros caras pra eles ficarem, sabe?

É triste ter que pensar, a gente ter que viver isso e assim, por mais que eu já tenha passado por episódio trágico, eu ainda tenho isso porque assim, eu ainda vivo num mundo que isso pode acontecer, por mais, né, ainda de novo eu posso passar por isso assim. Então eu sempre penso, poxa, o que que eu posso fazer para poder mudar isso assim? eu acredito muito na conscientização, Aí...

Lá vem o meu lado, professor, a educação. Infelizmente, ou felizmente, felizmente por ser a saída, ou infelizmente por ser uma coisa que demanda processo e tempo mais longo, que eu acredito que venha a uma coisa que vai mudar de geração para geração. Então, assim, é muito legal que no nosso grupo, Minas na Trilha, a gente tem...

diferentes tipos de Isso é muito legal porque aí a troca fica cada vez mais rica. Então a gente tem mulheres mais velhas e tem algumas mais novas e aí tem as mais velhas que têm filhas e que têm godanny que já introduz a menina dela na corrida e que ela está se desenvolvendo cada vez mais. eu fico pensando assim, poxa, essa menina, ela...

vai crescer cada vez mais forte. Então ela vai ter a força não só para correr, mas ela vai ter a força de se impor, ela vai ter a força de falar. Ela não vai ter o medo, o medo existe, sentimento que a gente tem, mas não vai deixar que esse medo atrapalhe ela alguma coisa. E aí acreditando que isso vai de alguma maneira mudar.

Porque infelizmente no mundo machista silencia muito as vozes ainda das mulheres. Então parte do nosso lado. Nós mulheres o que a gente pode fazer? Se empoderar, se impor, falar. E os homens conseguem pouco escutar, conscientizar. Então assim, eu vou pouco nessa busca partir da montanha. Eu acho que é uma coisa muito legal, que eu gosto muito.

E que também traz várias outras coisas, né? Tem vários outros poderes para cada que pode trazer.

João Agapito (23:26)
Sim, acho sensacional que você explicou que para além de coletivo de mulheres que correm nas montanhas, o Minas na Atria também tem essa pegada social de empoderamento, que vai muito além do esporte. Então, só para gente ter uma ideia, bom,

Flávia Rabelo Branco (23:43)
E

João Agapito (23:46)
Hoje média, quantas mulheres correm com vocês? Vocês fazem corres mensais, certo?

Flávia Rabelo Branco (23:52)
Isso, a gente faz o encontro geralmente uma vez por mês, tem, hoje dia tá com uma média de 30 mulheres. número tipo de 2 mil, tem tido bastante mulheres. No último que foram 24 km foi assim uma trilha super desafiadora. Foi bem difícil, que eu lembro que a primeira vez que eu fui, nossa, eu achei bem difícil.

João Agapito (24:00)
Nossa, é bastante,

Flávia Rabelo Branco (24:17)
Tive que parar, que tem uma subida lá que é meio VK. Ou seja, você sobe tipo assim, quase uns 500 metros. Na verdade acho que sobe uns 400 metros 3 km. Sobe bastante, é bem engrim. E assim, eu fui, eu tive que ficar quase morrendo. Mas eu falei assim, não, eu Aí disso desde o início do ano passado. Eu falei, eu preciso voltar lá e eu vou voltar.

as meninas que as vão ver, elas vão ser bruta, elas vão pirar e tal. aí eu fiquei... Porque aí a gente, como já tem dois anos, o Minas na Trilha, eu já fui criando alguns eventos especiais. Então assim, o primeiro semestre, ele tem a ideia de ser alguma coisa mais, de agregar mais mulheres, de tentar fazer alguns corres mais fáceis, alguma pegada pouco mais busca de cachoeira, de água e tal, pra gente

e agregando cada vez mais. julho, teve a primeira vez o ano passado, mas eu já vou tornar evento de tradução que é fazer a Boi Preto, que é uma ultra maratona, só que a gente faz modo de revezamento. E aí foi bem legal porque eu acho que desenvolve pouco essa ideia de tipo assim, poxa, tem essa distância maior e dá para ir aumentando e se a gente for dividindo cada vez mais.

Vai somando e tal. E aí o segundo semestre a gente faz o treino para meia maratona. agosto, setembro, outubro, novembro dezembro vai aumentando gradativamente nesses cinco meses. A distância foi tipo oito, doze, quinze, dezoito e vinte e Só que nunca é vinte e sempre é mais. E aí foi sensacional, assim. As meninas piraram.

Nossa, tipo, a Maria, que ela começou a correr com a gente recentemente. A Maria tem mais de 40 anos, acho, por aí. ela começou a correr há pouco tempo. é amiga da Dani. Tem grupinho das meninas que são pouco mais velhas, que eu acho a coisa mais fofa. Eu adoro, assim. Como que é legal que elas marcam de se encontrar lá no Minas.

Pegaram ser uma parada assim, para a vida delas mesmo, e aí ela tem os grupinhos dela, e aí a Maria, por exemplo, para ela foi uma superação conseguir fazer esses 21, não só para ela, mas eu estou pegando a Maria porque eu lembro quando começou os 8 km, e aí acho que ela ficou para trás, corre, e aí ela chegou para mim e falou assim, nossa, eu fiquei para trás, foi difícil demais, eu não quero ficar para trás, não, eu vou treinar, eu juro que eu vou treinar, para o próximo corre, eu não vou ficar para trás.

e ela continuou, Ela foi treinando e ela pegou aquilo que ela fazia. Não, preciso ir porque vai ter o corredo meninas na trilha e eu vou estar lá com as meninas e tal. assim, nesse período, semestre, ela desenvolveu muito. Eu acho isso muito legal, porque eu tenho certeza que foi desenvolvimento não só na corrida, mas interior mesmo dela, sabe? Poxa, eu consigo, se eu quiser fazer.

Você me programar, organizar, eu consigo fazer, eu sou capaz, eu tenho essa força, Isso é legal demais.

João Agapito (27:32)
Não, e assim, me impressionou porque, bom, você conseguir reunir uma média de 30 mulheres para correr 24 km na montanha? Que isso, é bizarro, assim, porque, assim, primeiro que 24 km na cidade, 24 km na montanha são coisas totalmente distintas, né? Então, que isso, que mulherada braba, hein?

Flávia Rabelo Branco (27:51)
Demora.

É, a mulherada é braba, a mulherada é braba, sabe?

João Agapito (27:57)
eu ia te perguntar, você contando aqui sobre o Minas, dá para ver quanta satisfação você tem tocar esse projeto. Mas o que você diria que te dá mais satisfação?

Flávia Rabelo Branco (28:09)
Eu acho que a inspiração de cada uma de conhecer tantas mulheres diferentes. Isso eu acho muito legal. Pode ser que eu fui a única que participei de todos. Já tiveram algumas que foram uma vez e acabou não indo. Aí tem algumas que começam aí e depois param.

E aí cada vez vai surgindo mulheres diferentes, então assim, eu gosto de conversar, eu sou bem conversada, eu não gosto de falar lá também. E aí durante o corre, eu gosto também de conversar correndo, sabe? Aí eu vou conversando com as meninas, trocando, às vezes elas ficam meio, aham, aham, tô te ouvindo, pavalar, aham, e eu lá, papapapá. Mas é legal porque aí a gente vai...

trocando várias experiências, então eu aprendo muito com elas.

João Agapito (29:04)
Não, legal demais escutar de você isso. E assim, já que gente está falando aqui de inspiração e dessa troca intensa que você tem com todas essas mulheres, eu imagino que o Minas na trilha, ao longo desses agora o quê? Já mais de dois anos, quase dois anos de atividade, deve ter gerado muitas histórias bacanas. Tem alguma especial que te tocou, que você... Enfim, você achou mais bacana?

Flávia Rabelo Branco (29:25)
E

Bom,

Teve uma vez que a gente teve corre no topo do mundo que a gente ia fazer 12 km lá. E aí teve a Andréia. Andréia é uma...

João Agapito (29:44)
Bom, desculpa só pra

te interromper aqui quem está escutando a gente, Topo do Mundo, pra quem não conhece, ela não está falando do Everest, não, tá? Topo do Mundo é lá perto de BH, é lugar irado, dá pra ver o pôr do sol.

Flávia Rabelo Branco (29:54)
Isso!

É, lá na Serra da Moeda ele... É uma trilha bem interessante que ela é aberta, você tá tipo mais ou menos ali no topo já, né, da montanha, e aí você fica correndo na crista praticamente, mas assim, sobe e desce, sobe e é só sobe e desce, sobe e desce, quase não tem problema no reto nenhum, só sobe e desce, e é bem técnico, porque as pedras lá são bem soltas.

E aí tem a Andréia, que é uma mulher sensacional. lembro do primeiro corre que ela foi. Só que aí, lá no topo do mundo, ela caiu.

e machucou o braço, o punho. E assim, nunca tinha ninguém caído até então.

E aí eu já cheguei assim, quando eu vi de longe, eu vi que já estavam as meninas todas volta e dando apoio, a situação já estava meio assim resolvida. Ela tinha colocado uma faixa, aí alguém tinha uma água, e foi uma menina ajudando a outra.

De repente o negócio estava resolvido assim e ela ela é muito foda porque ela é muito forte o que me impressiona dela é que ela é muito forte, ela já tem mais de anos também e aí

ela machucou de verdade. Mas ela continuou e ela estava bem, com carisma lá cima e tudo certo. assim, aquilo ali, você se sente responsável, E eu fiquei preocupada depois com ela, porque aí ela teve que fazer cirurgia, ela teve que ficar tempo parada e ela pedala também. E ela ficava... E eu falei, meu Deus, eu fui a causadora disso tudo e eu vou causar trauma na vida dela.

e ela nunca mais vai correr, vai gostar mais, vai ficar com medo e não sei o que. Não é que a bicha voltou, passou pouquinho, Acho que essa foi uma história que me marcou, assim.

João Agapito (31:48)
bacana demais. assim, bom, o Minas então começou mais... Mas não, né? Começou só com a corrida de montanha e aí agora você tava comentando sobre escalada, também tem mountain bike, então assim, tá virando meio que coletivo polisportivo, é?

Flávia Rabelo Branco (32:07)
É, então, eu acho que o principal é a montanha, a gente começou com o trail run, e aí depois eu quis fazer a inserção da bike.

porque o mountain bike é muito massa.

na questão de uma superação do medo mesmo.

Tem subidas e descidas e você pode cair e a queda é diferente, né?

Então acho que a gente pode explorar mais e como está na montanha, Porque chega o final de semana, aí você vai e faz o seu longão de corrida. Aí no domingo, o que você vai fazer? Vai ter de lá ué.

Tem também aquela frase clássica de corrida que eu gosto bastante de falar sobre ela, que sozinha você vai mais rápido, mas junto nós vamos mais longe. Para a bike também você vai mais longe ainda, que ela vai te ajudar.

João Agapito (32:48)
e

Não, que bacana. como você disse, no entorno da montanha tem uma infinidade de esportes para se fazer. Que bacana que vocês estão conseguindo explorar diferentes modalidades. Mas então, outra pergunta que eu queria te fazer,

É porque eu imagino que, de uma maneira geral, o trail run não é esporte que tenha muitas barreiras no sentido de equipamentos, etc. Acho que quando a gente fala de barreiras de entrada, elas são relativamente menores do que outros esportes. Mas de uma maneira geral, que dicas você daria para encorajar mulheres que estão querendo começar a fazer esportes de montanha, começar no trail run?

Flávia Rabelo Branco (33:49)
Então, eu vejo que uma grande dificuldade inicial assim das mulheres no trail, na corrida de montanha é o medo. Inicialmente é o medo de... pode ser o medo realmente de estar ali na montanha e aparecer alguém ou aparecer bicho, de se perder e de não dar conta.

Eu vejo que assim, esse é o que eu escuto mais das meninas falarem que é a dificuldade que elas sentem. Então, eu venho meninas mandando mensagem pra perguntar, eu gosto muito de trilha, tenho vontade de correr, como é que eu faço? Eu acho que primeiro, realmente, na montanha você precisa ter uma resistência maior, então...

eu falo com as meninas que a gente tem que pensar mais tempo do que distância. Então é importante já ter condicionamento físico, você conseguir trabalhar, de acostumar o seu corpo a aguentar certo tempo de atividade física. Então, às vezes, os nossos cores eu calculo média de pelo menos duas horas. Por mais que...

seja pouco menor, porque geralmente os menores a gente para algum lugar específico. Demora, demora mais, Então pelo menos umas duas horas pra não ser algo traumatizante. Aí então essa questão de dar conta. Realmente pra você dar conta você precisa treinar, você precisa estar trabalhando ali seu corpo, então é se alimentar bem.

fortalecer, que são coisas assim, não só para a corrida, mas que fazem bem para a vida e para o mental, que quando você começa a mexer nisso tudo, sua cabeça muda. De repente, seus problemas que eram tamanho tão grande, você consegue ver que eles estão ali, mas você consegue lidar melhor. Aí, outra questão é... do medo, né, É importante você...

está sempre preparada. É... para o que pode acontecer. Então, principalmente na trilha, é bom você ter a mochila ali com água, com uma comida, alimento, e aí pode ser gel, ser... de fácil absorção, paçoquinha, bananinha, geleia, sanduíche. Aí tem várias opções que aí isso vai de cada uma ali do...

da alimentação do que está acostumado no corpo de cada mês. A questão é se prepara, prepara para chuvas. Tem que saber que tudo pode acontecer na montanha. O tempo pode virar, a trilha pode estar errada.

João Agapito (36:16)
e

Flávia Rabelo Branco (36:30)
Então é começar a ter essa consciência, tipo assim, Toda vez que eu vou pra montanha, mesmo não estando preparada, você dá o aceito e concordo com os termos e condições que tudo pode acontecer. Assim como na vida, do nada, né? A pandemia foi ótimo exemplo, como do nada tudo pode virar. E a gente tem que saber se virar.

E aí outra coisa pela questão de se perder, de estar preparado e tal, é importante você ter uma rota ou se você não tiver uma rota e se você for sozinho, avisar para alguém. Hoje dia a gente tem algumas ferramentas que ajudam com isso, igual o Strava, tem o Garmin também, Live Track, que você pode compartilhar, avisa para alguém.

Você tem o mapa ali para você pelo menos saber por onde você passou, por onde você começou, se você não tiver uma rota. Então, é importante você pensar nessas coisas assim. Até você criar uma certa segurança e tal.

João Agapito (37:27)
não e eu acho bom que você trouxe dicas muito práticas né então você mulher que tá nos escutando aí gostaria de começar na corrida de montanha principalmente você que é de bh pelo amor de deus manda mensagem pra Flavinha aí vamos vamos era empurrãozinho que tava faltando né

Flávia Rabelo Branco (37:42)
É.

É, exatamente. porque aí ficou faltando falar isso que, às vezes, começar com pessoas é legal. Porque te dá uma incentivada, assim. O correr sozinho, eu gosto muito dos dois. Porque correr sozinho, minha filha, é terapia, né? Aquele momento de você com você mesmo. Mas correr com outras pessoas também é muito legal. Então, assim, às vezes você busca grupo, né? A gente corre uma vez só no mês, porque é pra assumir aquele compromisso, né?

E entender que uma vez por mês você tem que se dar tempo dedicado pra você. Porque no Minas você não vai pelas outras, você vai por você. Então é saber se não esse é o meu momento. Mas a gente tem conexão com vários outros grupos. Eu tenho Camo Clima, tenho Tim Piranhas, tenho Bairros BH.

tem a Boi Preta e tem os grupos de assessoria, Minas Trail também que faz rolê, de bike, tem tanto. Então, eu estou sempre buscando conexões com outros grupos, conversar com outros grupos,

agregar cada vez mais.

João Agapito (38:52)
Não, massa demais Flavinha. quais são os planos futuros que você vislumbra para o Minas na trilha?

Flávia Rabelo Branco (39:00)
Então, nós vamos comemorar dois anos, março. Apesar de ter começado janeiro, o primeiro Corre Despretencioso foi janeiro, mas a gente comemora março, porque foi março que veio tudo, que veio a criação do nome, porque até então não tinha uma ideia do que seria, e aí que a gente fez lá na Loca das Borboletas.

Então assim, o porquê da borboleta, que eu falei que eu acabo falando uma hora, é do nosso símbolo, né? Quem criou foi a Babi Perê, que é uma designer lá da Serra de Spó, que a gente acaba fazendo alguns cores lá com ela também, que ela é sensacional. Eu falei com ela que... A borboleta azul especificamente, que a gente sempre encontra com ela aqui nas montanhas da região.

O fato dela ser uma borboleta, e a borboleta é animal que passa por metamorfose, é animal que voa livre, né, que tem sua liberdade, mas apesar de ser uma coisa bem interessante que eu descobri depois do Minos na trilha, a borboleta ela vive sozinha, mas ela se junta grupos para momentos específicos, às vezes para ir buscar comida, vezes para poder acasalar, então assim, ela vive sozinha, mas ela vive grupos também.

E aí teve isso que foi lugar marco, a Loca das Borboletas, março, que aí a gente teve 18 mulheres nesse dia, e aí por isso que eu marco como o aniversário. Aí esse ano eu quero fazer aniversário de dois anos, quero fazer, tentar fazer evento assim, interessante, mais bacana e aberto para todo mundo, para a gente celebrar, não só nós mulheres, mas a comunidade assim, de tudo que tem sido feito, porque eu acredito que...

O nosso movimento agrega as meninas, mas não só as meninas. Porque as meninas podem influenciar outro cara, outro amigo e E da gente comunicar com os outros grupos. E aí a gente vai manter o revezamento da Boi Preto, que é para a Julio. Manter os treinamentos lá para o segundo semestre da Meia Maratona, no final do ano, fazer corno mais longo.

Quero fazer mais algumas viagens, então a gente vai começar a viajar para algumas provas outros estados, para além de Minas Gerais, pretendo esse ano fazer alguma coisa de experiência de montanha, que a gente consiga misturar isso tudo,

o meu sonho é a gente ainda voar na montanha de verdade. Então é isso. Não sei qual a montanha ainda, como que vai ser, mas a gente vai chegar lá.

João Agapito (41:40)
Não.

Flávia Rabelo Branco (41:45)
vendo, tem essa

João Agapito (41:45)
massa demais!

e eu acho os planos muito animadores e eu tenho certeza que bom, você tem o objetivo de alçar voos maiores, fazer eventos lugares mais distantes e tudo mais. Eu tenho certeza que se você continuar fazendo esse trabalho com muito amor, uma coisa que você genuinamente gosta, inspirando e sendo inspirada, eu tenho certeza que é só uma questão de tempo e vocês vão chegar lá, Mas aí, bom,

já caminhando aqui para o final da nossa conversa, tem alguma mensagem final que você gostaria de deixar?

Flávia Rabelo Branco (42:18)
É... bom... Eu... Eu não sei se teria uma mensagem específica, porque eu acho isso meio... Assim, eu não sou coaching, E... Apesar de ser professora e... né? Sou ali, geralmente, pessoa que tá falando o que é, né? Eu não gosto muito dessa ideia, não. Eu sinto...

se cada tomasse conta de si próprio, toma conta de si, toma da sua vida porque já é tão difícil.

É tão difícil tomar conta da sua própria vida. Gente, é difícil ter que cuidar da sua alimentação direita. É difícil você ter que se programar para poder correr. É difícil você conseguir dar conta disso tudo. Então, assim, cuida de si, porque se cada cuidasse bem de si, a gente estaria até mais disposto para ajudar o outro. De realmente conseguir ajudar o outro. Porque eu acho que a gente só consegue ajudar o outro de verdade quando a gente está bem.

Então, se eu fosse trabalhar numa mensagem eu trabalharia algo torno disso.

João Agapito (43:29)
Não, muito massa. Muito obrigado. Enfim, acho a mensagem super vale. E muito obrigado por ter compartilhado sua história, ter compartilhado a história do Minas e desejo todo sucesso do mundo para vocês.

Flávia Rabelo Branco (43:40)
obrigada, Jo. Fiquei muito feliz também com o convite.

João Agapito (43:44)
E se você escutou esse episódio até o final, eu imagino que você tenha gostado. Então, a melhor forma de apoiar o podcast é deixar sua avaliação, se inscrever, seguir e compartilhar com quem você gosta. Mas se você quiser ir além e fazer uma contribuição financeira, impactando diretamente o nosso trabalho, eu vou deixar link aqui na descrição. E é isso. Muito obrigado e até semana que vem.