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Rádio Grilo
Na Rádio Grilo, somos todos apaixonados pelo mundo outdoor. Aqui trazemos histórias autênticas de atletas, viajantes, fotógrafos e filmmakers que compartilham diferentes perspectivas sobre essa paixão. Apresentado por João Agapito.
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14. Fayson Merege: Fotografia Outdoor e Aventuras em 77 países
O Fayson Merege é fotógrafo outdoor, montanhista e vencedor do Brasília Photo Show (o maior Festival de Fotografia da América Latina) na categoria melhor foto landscape. Nesse bate-papo, ele discute desafios técnicos e emocionais da fotografia, a importância da sensibilidade no processo criativo e dicas práticas para aspirantes na área. Além disso, ele compartilha um pouco das aventuras vividas pelos 77 países que ele já visitou.
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Joao (00:00)
Fala galera, sejam muito bem vindos a Rádio Grilo, seu podcast do mundo outdoor e no episódio de hoje a gente vai bater papo com o Faz Mereje, fotógrafo outdoor, montanhista e vencedor do Brasília Photo Show, maior festival de fotografia da América Latina na categoria melhor foto landscape. Nesse bate-papo ele discute dos desafios técnicos e emocionais da fotografia
a importância da sensibilidade no processo criativo e também dá dicas práticas para quem está querendo começar na área. Além disso, ele compartilha pouco das aventuras vividas pelos 77 países que ele já visitou e muito mais. Eu gostei muito desse bate-papo e espero que você goste também. Bora lá?
Então pra gente começar, você gostaria de se apresentar pra alguém que ainda não te conhece, não conhece o seu trabalho?
Fayson (01:21)
Eu sou o Faison, hoje fotógrafo, mas não comecei na fotografia. Eu sou formado educação física e eu sempre tive essa veia, vamos dizer assim, metade-metade, para o esporte e para a fotografia. Tenho muitos primos e muitos tios que são, inclusive fotógrafos e fotogernalistas renomados, inclusive aqui Curitiba, o Henry Miléo, que é primo, é nível A de fotogernalismo.
Mas eu também sempre tive esse viés pouco mais do esporte, de gostar do esporte. E estando aqui Ponta Grossa, Curitiba, eu acabei tendo pouco mais de contato com as montanhas aqui, Pico Paraná, Caratuba. Mas também era do esporte futsal, pouco mais do esporte coletivo e fui para educação física porque queria trabalhar pouco com o esporte. Trabalhei na escola.
por tempo, mas também me descobri como professor de criança, de educação infantil. Então, eu trabalhei com crianças de 4 a 10 anos, com psicomotricidade, desenvolvimento motor, esse lado mais técnico da educação física no desenvolvimento da criança. E foi algo que eu me descobri também na faculdade. Mas, acho que chegou momento assim que a fotografia de fato me chamou. Falei, cara, está, entre aspas, está perdendo tempo com isso. Vamos para cá.
E aí foi namoro que voltou ou iniciou 2010 na época daquelas Sony, SaberShot, na época do Flicker. Eu era muito ativo, trocava muita ideia com a galera ali. E aí foi namoro de 2010 a 2015 com fotografia, de aprender, brincar, comprar uma câmera e fazer curso 2014. Para então, 2015, eu pedi demissão das escolas e focar pouco na fotografia.
nas viagens principalmente, porque aí eu saí pra fazer mochilão de tempo indeterminado, acabei ficando quase dois anos fora pra ver se era realmente aquilo que eu queria, porque às vezes você tá naquela bolha aí você fala pra teus amigos, pai, mãe, aquela galera que tá naquela bolha, não quero mais fazer isso e aí todo mundo, né, pô, vai trocar o certo pelo duvidoso, trabalha na escola, ganha x por mês, vai ganhar nada, enfim.
Então eu saí para abrir a minha cabeça e entender o que eu queria também naquela época. E aí desde então, 2015 para cá, eu nunca mais parei de ser fotógrafo e me aventurar com esse mundo old-door de verdade.
Joao (03:47)
Pô, que bacana! Então assim, só passinho atrás porque eu não posso deixar de perguntar o seu nome, Faison. Qual que é a origem
Fayson (03:55)
ele é árabe.
A minha família, de ter, principalmente por parte de pai, essa parte mais caboclos, índios, principalmente de Goiânia, porque meu pai é pouco mais moreno, a minha bisavó, por parte de pai, tem traço muito forte indígena com a mistura de caboclos mesmo, só que por parte de mãe, é onde que vieram praticamente...
Assim, praticamente não, é o que veio da Europa, Porque o meu bisavô, que é o italiano, ele conheceu a minha bisavó no navio vindo para o Brasil pós a Segunda Guerra Mundial, chegaram no Brasil e casaram na Argentina. Então, assim, meu bisavô materno e minha bisavó materna são italiano e alemã. E a minha avó materna casou com árabe, por isso que hoje eu levo o sobrenome Mereje, principalmente, né?
Joao (04:46)
aquela mistura bacana né Brasil, puro suco de Brasil massa demais então faz você comentou que bom você meio que começou na fotografia então ali por volta de 2010 e aí enfim teve essa viagem 2015 foi quando você de fato falou assim não beleza isso aqui é minha coisa você fotógrafo nesse meio tempo o que foi o grande clique assim teve algum grande clique?
Fayson (05:11)
acho que tiveram alguns fatores que permearam uma crise interna, vamos dizer assim, né? Eu tive alguns problemas de família, problema bem sério, assim, com a minha mãe também, que deixou algumas dívidas no meu nome. E aí foi uma questão entre 2010 e 2015 que eu passei por uma crise de depressão também, mesmo trabalhando escola e tal. Então tiveram alguns fatores que foram me pegando, assim, Mas eu costumo dizer e falo que nunca foi...
por eu estar insatisfeito na escola, exemplo, né? Porque, às vezes, quando gente pega essa galera do nomadismo digital, que meio que critica CLT, essa vida de trabalhar regradinho, não, porque você tem que ser livre e tal, eu nunca fui por esse lado, porque eu gostava e gosto de ser professor, de trabalhar com as crianças, né? Eu tenho essa proximidade com crianças também, mas eu acho que na vida também a gente é meio permeável a mudar.
de situações, fazer coisas novas. Então juntou pouco essa situação da minha família, com o meu nome e algumas coisas que eu estava meio que desgostoso na escola também. E aí veio essa crise assim, cara, será que eu quero isso? que eu não quero fazer outra coisa? E aí o meu namoro com a fotografia já estava mais sério, já estava entendendo mais coisas. E aí eu acabei numa conversa com grande amigo, trocando essa ideia. Mas o que mais...
me fez tomar essa coragem de chegar na escola e pedir demissão. Foi quando eu conversei com a minha avó, porque ela era viva ainda, minha avó materna. Eu falei, vó, eu estou com essa vontade de fazer isso, de sair, viajar, fazer alguma coisa para abrir minha cabeça. E a minha avó, naquela época, 2014, ela falou assim, olha, você está aí com recém 20 anos nas costas, não tem filho, não tem mulher, se quiser sair para conhecer o mundo, ore agora. Depois...
Você pode, mas com mulher, com filho fica mais complexo. E ali foi assim... Cara, minha avó está me apoiando, porque na época eu morava com ela. Aí voltei das férias, cheguei nas três escolas que eu trabalhava e falei, quero demissão, quero demissão. Juntei o que eu tinha, comprei algumas coisas e saí para viajar, América do Sul. Mas não saí com a ideia de, vou ficar mês, dois meses. Eu deixei a cabeça limpar para depois tomar a decisão de voltar e...
tomar o rumo que foi a fotografia de verdade.
Joao (07:37)
Pô,
que da hora. Então conta pra gente pouco mais sobre essa viagem que você fez, sem roteiro de volta. Você começou pela América Latina e depois expandiu para outro continente. Como é que foi?
Fayson (07:47)
2015,
quando eu pedi demissão, eu saí para a América do Sul, principalmente Argentina e Chile. Acabei ficando tempinho também no Uruguai, meio que eu desci de Carona, de Curitiba. Fiquei tempo no Uruguai, fiquei depois muito tempo na Argentina e depois fiquei muito tempo no Chile, também ali região do Atacama. E naquela época, 2015, a gente costuma brincar hoje, tudo era mato, não tinha aquelas... não tem essas informações que a gente tem. Então, o acesso era mais difícil de ter informação.
Viajar de carona naquela época, pra mim, foi muito fácil. Principalmente a Argentina, que tem esse costume da galera viajar de carona. E eu acabei ficando muito tempo, tanto na Argentina quanto no Chile. Quando eu vi, eu acabei ficando quase ano fora. Então, Chauten, Torres del Paine, Ushuaia, naquela época, era muito pouco conhecido com o que a gente tem hoje. Então, tive a sorte de conhecer esses lugares assim, de uma forma mais rústica, entre muitas aspas.
sem esse turismo que tomou essa devida proporção de hoje dia.
Joao (08:50)
Então você passou ano ali na área de El Chate... Cara, eu imagino assim, porque por mais que você tenha vindo de lugar... Ok, tipo Paraná tem várias montanhas, é estado bem daora. Cara, quando a gente vai para aquela área ali e vê tipo montanha, entre aspas, de verdade, tipo montanha aquelas montanhas gigantes e gelo, deve ter sido negócio muito daora, né?
Fayson (09:13)
É uma coisa que até hoje o sentimento é meio que o mesmo. Eu volto pra Chauten, inclusive eu tava lá Chauten mês passado. A Patagônia si é algo que sempre me chama a voltar e eu nunca perco a emoção de estar naquele lugar. Tem alguns outros lugares no mundo também que eu tenho, eu sinto essa mesma emoção de alguns lugares que eu já voltei. Mas a Patagônia, quando você chega e olha praquelas torres, de torres de upai, e fala cara, como que isso é possível? Como que...
admirando, xautém quando você olha o Fitz. Eu particularmente gosto mais do Cerro Torre, eu acho ele muito mais elegante assim, mas você olha aquele maciço de pedra, de rocha, de montanha, gelo, é uma coisa que mim o tesão não se perde.
Joao (09:59)
Que
da hora, dentre os mais de 77 países que você já visitou, dá pra dizer que Patagonia é seu lugar preferido?
Fayson (10:07)
é né? Acho que Patagônia tem muita coisa ainda meio escondida, que poucas pessoas conhecem, muita trilha que poucas pessoas conhecem ainda. Porque hoje ficou muito mais visível os lugares que são mais turísticos, né? Então a tendência das pessoas acabam indo sempre para esses lugares onde são mais visitados, onde você tem acesso mais fácil. Agora, para a galera das antigas, assim, que gostava de viajar, de se meter na trilha, se meter perrengue de verdade.
a gente acabava descobrindo lugares que até hoje poucas pessoas sabem. Tem muita trilha ainda na Patagônia que dá pra fazer de forma totalmente independente e que você encontra zero pessoas. Tem uma trilha chamada a Great Patagonia Trail que dá mais ou menos uns 4 mil quilômetros, desde Santiago até Uxuaia. Então assim, tem muita coisa pra fazer, tem muita coisa pra se descobrir, tem muita coisa, muito lugar inóspito ainda na Patagônia.
Joao (11:06)
Que
da hora! como montangista e fotógrafo, imagina que você já tenha vivido várias situações de risco, teve alguma, assim, alguma que foi mais perigosa ou maior perrengue assim que você passou?
Fayson (11:21)
Cara, se eu falar que eu tive, eu vou estar mentindo. Não sei se é porque Deus está comigo, o Engino da Guarda está comigo, ou se o universo, as coisas sempre favoreceram. Mas eu, felizmente, nunca passei por perrengue de viagem, no sentido de me machucar, de cair, me assaltarem, roubarem. Nunca, nunca, nunca. Inclusive, fiquei vários World Packers, vários Couchsurfing e...
sempre encontrei muita gente boa, muita gente que me ajudou, que me deu contato, que me ajudava assim de any formas, né? Mas agora, de perrengue que eu mesmo provoquei, aí sim, aí eu passei por algumas coisas, inclusive 2017, quando eu estava na Itália, eu deixei uma câmera, 6D no trem e desci do trem. Aquela coisa de estar fascinado, eu estava indo de Nápoles para uma cidade, para Positano, se eu não me engano, era uma cidadezinha menor.
E aí eu tô no trem, eu olhando o vulcão Vesúvio na janela, encantado, porque no outro dia eu ia subir. Eu tinha colocado minha mochila no chão do lado do banco, coloquei o meu casaco cima da câmera, porque eu coloquei a câmera no banco, coloquei o meu casaco cima e tava escrevendo no meu diário ali, olhando na janela e olhando o vulcão de fora. Aí o trem parou, eu guardei o diário cima da mochila, peguei a mochila e peguei o casaco e saí. Quando eu saio...
A porta fecha, eu passo a mão, cadê a alça da minha câmera? E a câmera foi indo. Não, eu até voltei ali, perguntei pro cara, e o cara falou assim, tem que torcer pra alguém achar, boa vontade e honestidade de levar lá no centro de achados e perdidos e colocar lá, se não vai perder.
Joao (12:46)
E aí, conseguiu recuperar?
cara, é uma pena, assim, pra ser sincero, me parece saldo positivo. Tantos anos de aventura, tantas coisas vividas, aí tipo, tudo bem, é uma câmera, é bem caro, mas assim, o perrengue, assim, coisa tem que acontecer, né, não tem como.
Fayson (13:18)
É, acho que desses que são mais drásticos, acho que o melhor episódio que eu poderia contar foi essa perda da câmera. Mas agora, assim, de pegar vento, principalmente na Patagônia, com a barraca, a barraca ficar tremendo toda, você tomar uma chuva, isso são perrengues que acontece, mas você consegue contornar, certa forma. Mas de cair, torcer pé, quebrar pé, quebrar alguma coisa, levar tudo que eu tinha, como já aconteceu com grandes amigos.
Nunca, nunca tive essa infelicidade.
Joao (13:51)
Nossa cara, que excelente, seu anjinho da gorda tá trabalhando com força. dos motivos pelos quais eu fiz essa pergunta é porque eu vi que você também fotografa animais selvagens, né? Inclusive tem umas fotos que você tirou de onça pintada, conta pra gente, assim, não é perigoso?
Fayson (14:07)
Eu ainda estou entrando para esse mundo da vida selvagem, para esse tipo de fotografia, pouco mais por hobby. Não sei se é nicho que eu tocaria para frente, porque ainda me vejo muito como montanhista, principalmente a fotografia voltada para esse nicho. Mas é assunto que hora ou outra eu gosto de me enterar, conversar com outros fotógrafos, tentar fotografar.
O sonho de fotografar puma, fotografar onça, principalmente no Brasil, o Pantanal, pulmas torres, é o ambiente clássico, sempre teve esse desejo. Mas na minha ida agora para a Guatemala, janeiro, foi onde eu tive a sorte de fotografar esses dois animais, e totalmente por sorte. A gente estava, e gente foi para Tikal, e Tikal está dentro da floresta da Guatemala.
E o próprio parque do Tical é na floresta, então os animais podem passar por ali. E aí meio que gente contratou guia pouco mais especializado nesse tipo de turismo e a gente saiu a caça, né? No bom sentido, tá, pessoas? Não me interpretem mal. A gente saiu pra caçar os animais pra poder fotografar. Então a gente fez o tour por dentro do Tical, conheceu as ruínas novamente. Eu voltei pra Guatemala, na verdade, minha segunda vez.
E a gente acabou tendo a sorte de encontrar esses animais ali na floresta.
Joao (15:36)
Nossa, que sorte, cara? Imagina ter você uma emoção.
Fayson (15:39)
nossa! O pulma, assim, foi o que me deu pouco mais de emoção, porque é animal diferente, né? A onça, claro, eu acho que ela tem essa elegância que ela tem, mas o pulma, talvez na minha cabeça, sempre soou como uma coisa só Patagônia. A onça está aqui no Brasil, é mais fácil de ver e tal. E aí, quando a gente estava lá, a gente conseguiu fotografar a onça primeiro, depois fotografou o Tucano, avistou os macacos.
E aí quase no fim do rolê, a gente estava já pouco longe, e aí a gente conseguiu ver esse puma, e deu pra fazer umas duas, três fotos assim, pouco mais rápidas dele.
Joao (16:17)
Pô cara, que incrível. então, outra coisa que eu queria te perguntar é entrando mais nesse quesito da imprevisibilidade, né? Porque, bom, como fotógrafo natureza, autor, você tá ali, você tá dependendo não só das condições climáticas, como também, por exemplo, você tem encontro aí com puma que foi o seu caso, né? Então, como que você lida com essa questão da imprevisibilidade pra tirar as fotos magníficas que você tira?
Fayson (16:45)
me frustrei bastante, na verdade, porque eu sou pouco chato relação ao planejamento das coisas, De querer estar naquele ambiente determinada hora, você faz ali mais ou menos cálculo, analisando posição do Sol, Lua, enfim. E já me frustrei várias vezes. Então, com o passar dos anos, também acabei aprendendo a lidar com esse tipo de imprevisibilidade. Às vezes vai dar e às vezes não vai dar certo. Por exemplo, o Chau-Tem é uma região...
que você precisa trabalhar muito a paciência nesse sentido. Às vezes você pode ficar lá 15 dias com chuva, tempo fechado e não ter janela nenhuma para você fazer uma trilha sequer assim. E aí abre o tempo e você fica 7 dias com janela perfeita. Então, eu acho que para fotografia ou dó, natureza, paisagem, a gente tem que aprender a lidar com essas situações adversas. Não tem como...
a gente falar que sempre vai pegar clima perfeito, embora a gente goste do clima perfeito para fazer as fotos e etc. Mas também é aprender a fotografar com outros tipos de luz, que é o que eu tenho me forçado e aprendido nesses últimos anos, principalmente, a fotografar outros horários, usando outras técnicas e desenvolvendo outras técnicas também, para não ficar sempre aquela foto da Golden Hour, o Sunset, até para ter...
uma variação assim nesse portfólio de fotografia.
Joao (18:11)
Pô, que da hora! Então, dentre todas essas diversidades ou esses climas não ideais que você já enfrentou, qual foi a situação ou a foto que levou mais tempo para ser tirada, assim, dadas essas circunstâncias?
Fayson (18:26)
eu acho que toda foto que gente acaba fazendo uma trilha e tem que acampar para chegar tal lugar e fotografar, eu acho que essas têm valor agregado maior, sabe? Porque é diferente de você pegar carro e para tal ponto e esperar. Agora, quando você pega a mochila, a barraca, todos os itens de camping, faz uma trilha de três, quatro dias para chegar tal lugar e fotografar, acho que aquele aspecto ali tem...
tem que a mais. Mas embora as fotografias que eu acho que eu mais gosto hoje, inclusive foi a que eu ganhei o Brasília Photo Show agora como a melhor foto, que foi para a Estatueta, e a que eu ganhei no 500 pixels há uns três anos atrás, quatro anos, mas não, acho que já faz uns seis anos talvez, foi bem antes da pandemia. Enfim, mas é uma foto que eu fiz de drone, eu estava na região de Açores, Portugal, que são aquelas nove ilhas.
e eu estava na ilha de São Miguel, eu acabei alugando carro e saí de carro para uma praia próxima, e aí eu subi o drone, a areia é vulcânica, o mar é bem azul, aquele azul bem turquesa, clássico, e eu tive a sorte de ter duas pessoas entrando para o mar para surfar, com a prancha na cabeça, e uma das pessoas tinha uma prancha vermelha. Então, algumas técnicas da fotografia que a gente utiliza o espaço negativo, foi uma foto considerada...
tecnicamente perfeita, porque eu tenho azul gritante de lado, tenho areia preta, esse espaço negativo e uma pessoa no meio com a prancha vermelha e uma outra branca. Então é uma das minhas fotos favoritas e que entre aspas foi fácil de fazer, contando com todas as situações e ainda sorte de ter alguém lá com a prancha vermelha. Mas a última agora que foi para Brasília também foi de carro, a chegou de carro até o ponto e fotografou e pegou amanhecer espetacular ali na região de Bromo.
que é mais pelo momento de o céu ficar, aquele céu de fogo que gente chama. Acho que às vezes a gente tem que contar com a sorte também alguns momentos de ter essas situações. Claro, a fotografia é técnica, é o olhar, você está preparado e saber operar aquilo que você precisa fazer, mas eu acho que nesses grandes momentos você também tem que contar com a sorte.
Joao (20:39)
Que
bacana! acho que para além disso, eu já escutei alguns relatos de grandes fotógrafos também, que a câmera também tem que ser uma extensão do corpo, sentido de aquela situação, momento perfeito. já tem que estar com a câmera ali e já tem que fazer aquele movimento ágil.
Fayson (20:57)
Sim, eu acho que a fotografia ela tem muito sim da técnica, Você usar os seus equipamentos, filtros, lentes e explorar o melhor do equipamento que você tem. Mas eu acho que além disso, o seu olhar precisa estar muito atento ao que acontece ao seu redor. Porque às vezes a melhor foto é aquela que te pega desprevenido. Mas você sabe, você está preparado para fotografar aquele momento que não estava previsto no teu roteiro. Então...
Eu parto pouco desse princípio. Eu acho que foto não é só essa extensão do que eu sou, mas ela precisa representar o que você é. Porque você enxerga, é a sua forma de enxergar o mundo. Então essas fotos que captam pouco mais de sensibilidade, de momento, aí eu acho que é o grande diferencial pouco de alguns fotógrafos. Porque se a gente entrar num mérito só da técnica, tanto eu quanto você, a gente pode ser 10 de 10 na técnica.
Eu sei operar a minha câmera, eu sei fazer, eu sei editar, sei tratar, Todos os cálculos possíveis para se fazer uma foto. Mas agora essa parte da sensibilidade e estar mais atento ao que acontece, eu acho que é por aí que a gente acaba diferenciando alguns fotógrafos com destaque pouco maior. Eu vou te dar exemplo que eu costumo usar na mentoria de composição fotográfica e treinando o olhar. Então, a gente tem o Messe Cristiano Ronaldo.
No Cristiano Ronaldo a gente vê que é cara totalmente dedicado ao futebol. cara treina, se dedica tantas horas por dia e etc. A gente vê que o Messi, por mais que ele treine, ele tem dom, uma habilidade que é natural dele. Talvez a gente poderia colocar o Ronaldinho Gaúcho nessa prateleira. Alguns jogadores que têm uma genialidade que é dele, é intuitiva dele, ele sabe o que fazer qualquer momento. Então na fotografia a gente parte, eu parto desse princípio.
Tem algumas pessoas que têm certo dom, certo olhar, olhar diferente, olhar mais sensível, isso para todos os nichos. E tem algumas pessoas que vão também gostar da fotografia e vão estudar, olhar técnicas, vão se aperfeiçoar, vão treinar e vão acabar fazendo fotografias, mas que talvez não passem tanto sentimento quanto alguns outros fotógrafos que retratam de uma forma mais sensível esse tipo de fotografia. Se a gente entrar no nicho de casamento,
Por que tem alguns fotógrafos que se destacam mais que outros? Talvez seja pelo olhar. Alguns fotógrafos têm esse olhar mais sensível para fotografia de casamento e conseguem captar aqueles momentos da noiva com a mãe. Às vezes está acontecendo a cena do noivo com a noiva com o padre o pastor. A mãe do cara está chorando lá atrás e ele conseguiu fotografar, coisa que talvez 1 % conseguiria fazer. Então, eu parco desse princípio.
Joao (23:43)
E
essa questão da interpretação também não depende da audiência, ou seja, de quem está vendo aquela foto.
Fayson (23:53)
Também, mas eu acho que é mais na mensagem de quem fez essa foto. Porque aí vão ter momentos que essa foto vai te chamar mais atenção. Então, se a gente jogar, por exemplo, 10 fotos do Fitzroy, qual foto vai te chamar mais atenção? De 10 fotos, alguma vai te chamar mais atenção.
Por que essa foto te chamou mais atenção? Foi pelo momento? Foi pelo que aconteceu? Sei lá, passou uma nuvem, passou condor, o cara usou uma técnica diferente? Além dessa técnica, foi a sensibilidade do olhar poder enquadrar, fazer enquadramento diferente daquelas fotos convencionais? Então, parte pouco desse princípio. Porque, na maioria das vezes, as pessoas estão acostumadas a fotografar o quê? Na altura do olhar. Se você dá passo para a direita, você já tem uma outra composição. E, às vezes, você vai fazer...
workshops e imersões fotográficas, e aí você está lá ensinando ou passando a técnica e você vê que está todo mundo naquele mesmo ambiente. E às vezes você vê que tem ou outro que caminhou dois passos para a direita, daqui a pouco foi quilômetro para o outro lado. Então às vezes, de dez fotógrafos, dois vão se destacar por quê? Porque ele vai conseguir buscar uma sensibilidade para aquele momento e tentar entender aquele momento. Então a fotografia não é só a luz, não é só o equipamento, não é só a técnica.
tem que ter essa parte sensível de você perceber tudo que está acontecendo ao redor também. Pelo menos, é o que eu acho.
Joao (25:16)
Que incrível que você falou! Apesar de entender zero de fotografia agora, eu concordo totalmente. Você estava comentando de todas as viagens que você já fez. Qual foi o lugar que mais tocou? A paisagem que mais tocou?
Fayson (25:36)
Eu não vou falar Patagonia pra não ser repetitivo, mas é porque eu gosto de puxar alguns lugares que talvez não estejam nos radares tão turísticos, mas que têm paisagens incríveis. E da América do Sul, as paisagens que mais me chamaram a atenção quando eu visitei, sem dúvidas, é Bolívia. Porque Bolívia, meio que ninguém dá nada pra Bolívia. é só o Salar, é só Copacabana, que é a isla do Sol, Lapás pouco.
Mas tem outras regiões na Bolívia que chamam muito a atenção. Se você fizer o tour ali do Salar de quatro, cinco, sete dias, fora daquele clássico, né, que é três dias que a galera faz, às vezes atravessa por Chile, cara, tu passa por regiões ali inóspitas com paisagens absurdas. Hoje você tá a três mil e amanhã você tá a cinco mil, assim. Então, sentido de paisagens pouco mais inóspitas...
e pouco conhecidas, a Bolívia é o país de América do Sul que sempre me chamou muito a atenção. Eu gosto muito da Bolívia. América Central, Guatemala, sem dúvidas, é país que me chama muito a atenção também. Antigo, aquela cidade característica, Antiga, com todo aquele ar pittoresco que ela tem, o vulcão de fogo atrás ali da cidade, o lago Adyatitlan também, assim, que pra mim é uma paisagem absurda. E tem outras regiões da Guatemala também, assim, que é absurdo.
De África eu só conheço o Marrocos, mas é país que me chamou muito a atenção também porque quando eu fui para o Marrocos, e eu fui três vezes para o Marrocos, mas a primeira vez que eu fui para o Marrocos eu fui com aquela ideia de que Marrocos era aquela bagunça toda quando você chega Marrakech. tem o tour para o deserto do Sahara, aquela coisa toda. Fiz meio que uma coisa muito clássica na primeira vez, mas na segunda vez que eu fui eu fiz
rolê de carro de 12 dias pelo país, conheci praias lindíssimas com pontos de surf, que a galera vinha pra surfar quando entrava a swell e conheci o país meio que de caba-raba, assim, e me surpreendeu muito. Agora a Europa tem muita coisa legal, tem muita coisa bacana, mas se eu tiver que elencar uma, assim, agora, ou duas na verdade, acho que a Soares, essa região de ilhas de Portugal, assim, também foi uma coisa que me chamou muito a atenção.
e a região dos Pirineus na Espanha. Eu não cheguei a adentrar muito aos Pirineus quando eu fiz o caminho de Santiago, mas eu passei por pedaço da Galícia. Então, de longe dava para ver aquelas montanhas. Inclusive, é rolê que eu pretendo fazer breve, essa travessia dos Pirineus ali na Espanha.
Joao (28:15)
Pô cara que da hora, assim, por mais que você já tenha vivido e visitado todos esses lugares incríveis, tem algum que ainda está no seu wishlist assim? Tipo, esse é o lugar que, cara, eu tenho que ir algum momento da minha vida.
Fayson (28:29)
Islândia.
Islândia e os países nórdicos. Ainda não tive a oportunidade de conhecer, mas tá na listinha ali pra conhecer logo breve.
Joao (28:40)
É, assim, Islândia eu já tive a oportunidade de ir, acho incrível. Noruega, cara, tá no meu bucket list também. Acho que sim, grande problema é que, pra além de clima, né, que você tem que esperar a janela certa, tem a questão da grana também, que é muito caro, bicho.
Fayson (28:58)
É, são países que precisam de certo planejamento, né? Não dá pra fazer uma viagem mais alternativa. Só voltando pouquinho à tua pergunta dos países, eu realizei o sonho de ir pro Japão ano passado. Foi meio que na correria e é país que eu quero literalmente voltar pra ficar mais tempo e conhecer outras regiões. Ano passado, eu e a Dai, a minha noiva...
a estava programando fazer rolê de Ásia, e aí quando gente estava meio que para comprar a passagem, a gente estava olhando para a Bali, aí eu olhei para ela e falei, cara, Japão, velho, o Japão liberou a entrada para a brasileira agora, não precisa de visto. E aí a gente foi olhar a passagem, estava algo torno de, eu acho que 4,200 de São Paulo para Tóquio e de São Paulo para a Bali estava 4,900, alguma coisa assim. Aí a gente olhou assim e falou, tá, Japão também não é país muito barato, a gente vai ter mais ou menos uma semana.
Vamos, vamos! Aí a gente é parceiro muita coisa, a se olhou, a passagem e foi. E deu pra aproveitar bastante, devido às proporções do Japão no tempo que a gente tinha. Mas é país que definitivamente eu quero voltar com certeza pra poder aproveitar e voltar na época também que dá pra escalar o bode fúgido.
Joao (30:09)
Pô, que da hora! E assim, eu tenho amigo que foi recentemente ao Japão, ele disse que não é tão caro quanto parece lá. Você teve essa mesma impressão?
Fayson (30:19)
é
que o transporte é mais caro do que propriamente a alimentação e hospedagem. Claro que depende do seu nível de viagem também, né? Mas a gente achou muito mais caro, dentro dessa programação de roteiro, pagar os trens para se locomover de uma cidade para outra ou até mesmo ficar usando o metrô na cidade de Toque e aos arredores do que propriamente as hospedagens que gente ficou. A conseguiu hospedagens...
muito bacanas, legais, dentro do que a gente tinha de orçamento e comeu bem também.
Joao (30:52)
Pô cara que da hora! E é muito bom ficar falando sobre lugares, paisagens e viagens, mas dá aquela, né, bate aquele sentimento do tipo nossa senhora eu preciso viajar preciso fazer alguma coisa
Fayson (31:04)
Eu confesso que hoje dia eu estou muito mais caseiro do que propriamente voltando de uma viagem e já pensando numa próxima. Eu acho que eu acabei aproveitando muito a minha vida, de 2015 a 2020 até entrar a pandemia, inclusive eu fiquei preso na Guatemala porque o país fechou, mas nesses cinco anos eu viajei muito, eu conheci muito o lugar, conheci muita gente.
Fiquei muito tempo fora. Embora eu goste de ficar rosto, no Chautenho, sempre fico na Casa Azul, que é rosto bacana demais, assim, de conhecer a galera. Mas você percebe que ainda é o mesmo papo. Oi, quem você é? De onde você veio? O que você está fazendo? Quanto tempo você está viajando? Então, eu acho que é importante a gente entender as fases da vida também. Obviamente que eu, com 35, eu já não sou mais aquele jovem de 22 que tudo era novidade. Então, hoje eu me programo para algumas viagens, estendo alguma coisa.
Mas eu comecei a trabalhar de verdade com projetos, as expedições, os workshops fotográficos, me posicionar pouco de uma forma diferente e, de certa forma, estender a viagem para depois também curtir, fotografar e tentar conhecer alguns lugares novos desses países que sempre tem algum lugar que fica para conhecer depois também.
Joao (32:22)
Com certeza, já que você tocou no assunto profissão fotógrafo, que dica você daria para aspirantes, para pessoas que são entusiasmas e pensam talvez entrar para a profissão?
Fayson (32:34)
Bom, eu não gosto da frase, mas ela é uma frase verdadeira de quem não é visto não é lembrado. Então, assim, a gente tem as redes sociais como uma potencialização das coisas hoje e como eu acabei de comentar, se lá 2016 eu tivesse tido pouco mais de noção para me posicionar, talvez eu poderia ter ganho
entre aspas, uma forma diferente. Mas hoje eu percebo que a galera que vem do audiovisual, da fotografia e que começa a se posicionar pouco no Instagram e postar mesmo sem essa pira assim de, os números, os likes, os compartilhamentos, é uma galera que está conseguindo alcançar coisas que talvez eu demorei pouco mais de tempo por não ter tido a noção de me posicionar dessa forma. Então acho que a dica que eu posso trazer é continuar fotografando, continuar filmando e editando.
e obviamente continuar se aperfeiçoando porque não tem como a gente falar dessa profissão sem a gente estudar todo dia sem a gente procurar aprender coisas novas todos os dias o celular tá aí, a revolução das câmeras estão aí então eu partiria desse princípio assim e manda e-mail, cara, quer tentar trabalhar com alguma marca? Manda mensagem no Instagram, fica ali perturbando até os caras passarem o e-mail de marketing pensa num projeto legal
que foi mais ou menos a minha trajetória para poder chegar nessas marcas que eu trabalho hoje e consigo realizar projetos. Jeep é uma marca que eu trabalho, mas 2021 o primeiro projeto que eu fiz com eles foi Hipermulta. Eu mandei uma mensagem no Instagram, falei, olha, eu tenho projeto chamado KENUS do Brasil e eu gostaria muito de apresentar para a marca e tem algum e-mail que eu possa mandar o projeto, o PDF e tal, me mandaram o e-mail, mandei o e-mail com o PDF, com...
toda a logística que eu estudei. Olha, tem o Canon aqui, aqui assado, dá pra gente fazer projeto de ano. E o legal é entender o que a marca quer. Então, assim, independente se você gosta da marca Jeep ou não, ela vende que o carro te leva pra determinado lugar. Então eu fiz o case de sucesso. Eu preciso chegar nesse lugar, são lugares remotos que precisa de 4x4 e eu preciso de Jeep pra me levar. E aí, conversa vai, conversa vem, quanto que é o projeto e etc. Eu falei, não.
Como vocês não me conhecem e não sabem o valor do meu trabalho, vamos fazer assim. Vocês me dão carro de permuta e eu entrego o projeto e a gente vê. E o meu primeiro projeto grande com a Jeep foi assim, foi uma permuta. Foi projeto de ano que eu peguei quatro carros diferentes, fiz os rolês e olha como é doido, porque no último destino eu acabei pegando Jeep Compass que era a recém-lançamento. caras me deram carro zero para eu, inclusive, fazer algumas fotos.
nesse estilo mais de publicidade, mas sem ser aquela agressividade, é aquela publi que a gente vê da galera, assim, com uma agência gigante e aquela produção, aquela fotografia que vai para old door. E me deram a liberdade de ser criativo. Não, coloca o carro para testar, pode sujar, faz assim, assado, fica livre. Então a minha relação com a Jeep, por exemplo, foi dessa forma. E hoje nas mentorias que...
que eu faço na mentoria de projetos, como trabalhar, eu explico detalhadamente como foi a minha relação com as marcas. Porque hoje dia, com a internet, a galera acha que não, eu preciso ser valorizado, eu preciso que me paguem, mas também não é assim que as coisas acontecem. não, porque permuta não funciona, porque permuta... Cara, eu acho que depende da permuta, depende o que você oferece, o que você vai ter troca. Então a permuta pode ser sim.
primeiro contato para você chegar alguma posição maior. E aquela primícia, se você não plantar, não tem como você colher. As coisas que eu colho hoje e os trabalhos que eu faço hoje, é porque lá atrás eu falei assim, cara, me dá uma oportunidade de carro ou de uma roupa, que eu vou fazer isso, te entrego isso, para vocês conhecerem o meu valor como fotógrafo, como meu trabalho, mas também como pessoa. Quem é o Faison fotógrafo e quem é o Faison ser humano que trata essas relações.
de trabalho também.
Joao (36:43)
No
mínimo inspirador você contar sua história, como você vem atingindo todos esses objetivos. Muito obrigado por compartilhar. Parabéns, parabéns de verdade. Porque tem que passar o ódio de peroba na cara também para começar a ir atrás de parcerias e coisas nesse sentido, não é tão óbvio.
Fayson (37:03)
Eu acho que é legal, obviamente, você receber e-mail de uma marca ou de alguma coisa para tentar uma parceria com você ou te chamar para algum trabalho. Mas é aquela velha primícia. Os anos sempre se mostraram assim, né? Pessoas que vão atrás conseguem. Nada cai do céu. Então, se gente pegar grandes vendedores hoje dia que são empresários, que são pessoas assim de nome alto, começaram lá atrás batendo de porta porta. Então, eu sempre trago esses exemplos.
de que eu fui chato de mandar mensagem no Instagram para a marca que eu queria trabalhar, para mandar e-mail. Só que isso te faz a não ficar acomodado. Porque por mais que você trabalhe com determinada marca, você precisa sempre buscar algo novo também. Então, entender a marca. Qual é a marca que você quer trabalhar? O que ela representa? O que é o nicho dessa marca? Beleza, você tem esse... foi atrás dessa pesquisa. Agora, você elabora projeto que vai de encontro com essa marca.
Porque senão fica, não, eu tenho projeto aqui, e aí você me manda carro, eu faço umas fotos aqui e tal. Cara, aí a pessoa te dá não, aí você pode ficar frustrado por quê? mas não gostar, porque não dá certo. Mas antes disso acontecer, e a gente vai tomar vários nãos na cara. Não foi tão fácil assim também. Mas é você estudar, estruturar e apresentar projeto onde você mostra, vamos dizer assim, problema.
E você dá uma solução. Então, voltando, por exemplo, da Jeep, eu tinha problema, que era chegar nesses cânions. Qual era a minha solução? Chegar com o carro da Jeep porque eu queria trabalhar com a Jeep. Então eu fiz o case de sucesso, assim como eu fiz com as outras marcas, e entender o que essas marcas têm para você poder elaborar projeto. Então trabalhar com projeto é pouco mais difícil, porque você precisa ter uma cabeça pensante, precisa sair da caixinha, mas também te mostra outro caminho de oportunidades.
Que você é a cabeça pensante? Você vai estar estruturando. Eu também costumo dizer na mentoria, é muito legal ser fotógrafo, videomaker freelancer, é legal, porque você está vários projetos e também não tira o mérito. Eu já fui, trabalho e se precisar, faço também. Mas agora, quando você sai de fotógrafo freela para ser fotógrafo que está executando projeto e meio que você é o diretor de fotografia, muda o seu status. Então você passa a ser visto também...
E agora, falando pouco de negócio, você passa ser visto de uma outra forma, porque aí você está sentado numa mesa de reunião, trazendo ideias para aquela marca. Você não está só ali para executar o que a marca também quer.
o site principalmente, tá se reestruturando e eu tô desenhando ele novamente, com o Lucas que é o designer do site, a gente tá reestruturando, enfim. Mas é o site, é o canal principal e pra galera que acompanha a rede social, né, Instagram principalmente, entrar no canal do próprio Insta que eu tenho compartilhado muita coisa de fotografia, bastidor, dicas de tracking, coisas que estão acontecendo que não vai para o Stories e ali eu sempre anuncio as vagas que eu tenho de mentoria e...
outras coisas também e também tem grupo de Wats que eu passo todas as informações das expedições, dos workshops e também as vagas de mentorias e é grupo praticamente só para esse tipo de anúncio, Galera, orota, troca uma ideia ali, mas são os três principais que eu utilizo para divulgar.
Joao (40:40)
Que isso cara, incrível. aprendi bastante com você aqui, foi irado entender, escutar pouco mais sobre a sua história. E muito obrigado por ter batido esse papo com a gente.
Fayson (40:53)
Eu que agradeço o convite, gostei. Claro que tem muita história, muita coisa para compartilhar. E quando quiser, estamos aí novamente.
Joao (41:06)
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