Rádio Grilo

15. Zingaros (Paula & Rodrigo): Da Faria Lima à Vida na Estrada

João Agapito Episode 15

A Paula e o Rodrigo criaram o canal Zingaros para registrar os momentos de uma viagem sobre quatro rodas que já dura mais de 5 anos. Eles deixaram bons empregos no mercado financeiro para viajar o Brasil e o mundo e, nessa conversa, a gente falou sobre liberdade, vida nômade e histórias que marcaram o percurso. 

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Joao (01:32)
O define hoje para vocês a palavra liberdade?

Rodrigo (01:35)
verdade.

Joao (01:38)
A gente já chega com o pé na porta.

Rodrigo (01:40)
Então, liberdade, assim, que existem várias formas de liberdade, Acho que existe a liberdade de tempo, A liberdade de escolher talvez o lugar onde você mora, tá próximo da natureza, por exemplo, então acho a liberdade faz parte, né? Mas acho que...

toda forma de liberdade te priva de outras coisas. assim, que essa liberdade plena e utópica, 100 % livre, que isso não existe. Então, acho que talvez a liberdade é ir e vir, escolhas, não ser refém de algo, acho que principalmente talvez esse ponto de não ser refém, né? Acho que...

Saber circular na vida que é pouco desse lado que eu penso.

Paula (02:36)
A gente conversa muito sobre Eu li esses dias e não vou conseguir falar de quem é. Talvez seja meio clichê, mas a liberdade é você escolher as suas próprias prisões. Nós somos seres muito complexos e esse tema da liberdade plena acaba sendo uma utopia. E quando você vai para lado, isso é liberdade para mim. Quando você chega lá, olha para lado e fala, tem várias...

prisões aqui, acho que é isso, A liberdade é uma busca no final do dia, né? Porque também se a gente não busca isso, você acaba acomodando num lugar talvez de insatisfações, enfim. Mas que ela não é plena, acho que é isso, nosso consenso, né?

Rodrigo (03:20)
que essa busca é legal e talvez existe lado de você não se acomodar e ir atrás do seu sonho, vamos dizer assim, e buscar essa que esse ponto assim, sempre... Esse lado de você... Tem até a indústria falar muito isso, né? Vamos sair da zona de conforto e tal, mas também existem lados que o conforto pode ser bom, então acho que talvez conseguir...

né, esse equilíbrio, vamos dizer assim, né?

Paula (03:51)
Tem amigo nosso que usou essa frase num podcast certa vez, que marcou muita gente. Ele falou assim, liberdade é vento na cara. Vento na cara é liberdade. Mas se você tiver vento na cara o tempo inteiro, uma hora você quer, pelo amor de Deus, vamos parar pouco para sentir também calma de poder respirar e acalmaria. Então a liberdade não é permanente, não nada na vida permanente.

A impermanência da vida também traz que a liberdade é inconstante, ela vai mudar ao longo do tempo, ao longo do nosso amadurecimento enquanto seres, enquanto família, enquanto indivíduos, enfim.

Joao (04:31)
mas tem que ser, porque eu acho bacana ter esse espaço para conversar com pessoas interessantes que experienciaram o que vocês viveram. Então eu já gosto de abordar esse tipo de pergunta. E só fazendo gancho com o que vocês falaram, eu também acho que a liberdade acaba que para muita gente é fardo pelo simples fato de você não ter uma coisa definida do que você vai fazer depois.

O simples fato de, nossa, eu vou ter que escolher o que eu vou fazer da minha vida, o que eu vou comer, o que eu vou vestir, com o que eu vou trabalhar, é fardo. Então, liberdade não necessariamente é uma coisa boa pra todo mundo,

Rodrigo (05:08)
é já falou isso assim pessoas analistas né é que a gente conhece e falaram que a liberdade demais ela também pode ser apresentadora porque tem muitas escolhas fala porra que eu posso escolher qualquer coisa

Paula (05:23)
que é privilégio também, é maravilhoso.

Rodrigo (05:26)
toda escolha, alguém falou isso pra gente, Toda escolha ela também envolve uma perda,

Joao (05:32)
Pô, tem uma música do... De quem que isso? É Barões Vermelhos? Já?

Paula (05:35)
Talvez...

Na cara deles.

Joao (05:39)
E aí pessoal, a gente já fez aqui preâmbulo pouco mais filosófico, Bacana, abrimos as portas, começar aqui com as damas primeiro,

trabalhava com fusões e aquisições, mas sempre teve seus próprios hobbies, como a dança e a para os quais, na época, eu imagino que você não tinha muito tempo para gastar, para praticar, aperfeiçoar. Então, hoje, depois desses mais de cinco, quatro anos viajando, como é a sua relação com eles?

Paula (06:06)
A escrita, fiquei cada vez mais íntima dela. No início foi processo de resgate, porque escrevia muito quando eu era muito mais jovem, no auge da adolescência. E a escrita vinha como momento auto-conversa. Era aquele momento onde eu conseguia entrar e quando eu li eu entendia mais do que eu tinha exposto do que quando eu escrevendo. E durante muito tempo me distancei daquilo e quando...

voltei agora durante a viagem muito inspirada momentos de cachoeira, de trilhas, momentos muito dando vontade de guardar aquelas sensações. No início foi difícil, não foi fácil, porque eu já também não sabia os caminhos para a escrita, porque eu já era uma outra pessoa, com outro gostava de escrever formato prosa, de de repente eu já não...

não escrevia da mesma maneira, então tive que encontrar novas formas e foi muito bom. E hoje está sendo muito fluido Tanto que para o nosso pequeno Instagram, eu coloco pouco também os textos que eu escrevi para os vídeos. Enfim, é processo muito A dança, existia desejo muito grande mim. No dia que eu saí para o sabático, principalmente,

Eu quero voltar a dançar, quero voltar a me eu não fiz isso. Eu Não fluiu nesse novo corpo, nesse novo ainda não nova forma de estar, de me conectar e de estar a serviço do movimento, cabendo mais para o yoga. Também sinto que nas trilhas, no montanhismo que a gente acabou.

meio que fui sentindo que meu corpo está talvez aquela seja a minha nova que é isso também, de não ter essa pressão. Vou sair, estou me jogando para o novo aqui, essa página branco, vou fazer essa lista de coisas e, na verdade, somos seres muito aberto também para o que a para o que vai fluir.

Joao (08:04)
Boa, bacana. o Rodrigo? Então, voltando a bola pra você aqui, você que cresceu na Zona Leste de São Paulo, durante a adolescência viajava de caro caminhões, fazia acampamento selvagem, e de repente na fase adulta você estava trabalhando no maior banco de investimentos do Brasil. Então, como foi pra você, durante essa jornada, conseguir sustentar essa dualidade?

Rodrigo (08:25)
Eu sempre busquei fazer viagem no final semana, outras referências. Como você mencionou, você vem fazendo podcast conhecendo muita gente, acho que ter outras referências de vida. E final de semana, eu virava madrugada dirigindo pra chegar numa praia com pescador lá e acampar com pescador. E até teve uma...

que aconteceu, que gente voltou num lugar 15 anos depois que eu tinha ido, quando eu era adolescente, que eu fiquei acampando com a E aí eu voltei e a gente acampou da mesma forma, depois de 15 anos, de tudo eu minha carreira. aí eu me conectei não com o lugar, mas com como eu estou diferente naquele lugar. Voltar ao mesmo lugar.

e aí a gente se conectar conosco, com o interno, o que mudou no interno. Então acho que é como transitar nos lugares. Enfim, acho que para lidar com essa a natureza sempre foi a minha válvula de escape. Sempre amei muito a natureza. todo final de semana eu saía de São Paulo, era difícil algum amigo querer marcar alguma coisa comigo e falar, caramba, quando a gente pode se encontrar?

Puts, próximos dois meses eu não vou voltar a São Paulo. Já tenho viagem marcada todo final de semana. E feriado também. Eu pegava todos os feriados do ficava olhando o passagem, lugares que eram mais baratos para ir para outros lugares e conhecer novos lugares, novas quando gente começou a viajar na pandemia mais a assim desacelerar, Aquele de ir e vir, ir e vir.

E aí a gente só ia, vamos dizer assim, não tinha aquele voltar. E aí a gente começou a viajar mais devagar e gente começou a voltar para os lugares para encontrar as pessoas, né? Que no fundo não era sobre os lugares, né? Era sobre as pessoas e como aquelas pessoas nos dado uma outra referência de vida, de modo de vida, de como viver. E não que necessariamente exista jeito certo. E nós, dentro de contexto, a gente...

Tem várias facetas que a Paula fala sobre São sérios complexos,

Joao (10:35)
a gente teve uma boa ideia quem a Paula e o Rodrigo

Então vocês gostariam de contar pra gente pouco mais sobre o projeto Zingaros?

Rodrigo (10:44)
a gente começou a viajar na pandemia viajamos dois anos e carro pequeno almorzinha, alugando quartos, enfim, viajamos bastante o Brasil. E aí, depois de tempo, uma amiga da Paula veio pra ofereceu pra gente

e para a Europa, num apartamento que ela tinha lá e estava vazio da família dela e a gente foi. E aí nessa a gente já estava dois anos e meio no carro, o e construiu a gente ficou cidade na na aí lá próximo tinha uma reserva que se chama reserva de E zíngaro significa cigano italiano.

E quando a gente saiu pra começar a montar uma página, só que gente ficou uns três anos sem postar nada no Instagram. quando gente foi montar a página, a contava jantar dentro do carro e falou, bom, a gente vai montar uma página, como a gente vai chamar? Aí a Paula teve a ideia, falou, zingaros. Zingaro é... Aí a portuguesamos, colocamos no plural, porque no plural no italiano seria zingari.

Aí a gente aportuguesou porque a gente tinha ficado noivo lá nessa região, então ó...

Paula (11:59)
que teve Quando a gente se primeiro jantar que o Ro fez pra gente na época, a gente trabalhava muito, não tinha nenhuma intimidade com a cozinha. O primeiro jantar que o Ro fez foi risoto de limão siciliano, na época, porque ele escolheu isso. E quando a gente estava nessa viagem, tirando férias na Sicília, coincidentemente a gente ficou no Airbnb de

chefe, a gente não sabia, chefe de virou muito nosso amigo e ele morava na entrada da reserva E foi momento muito mágico, e aí ele perguntou sobre a nossa história, e a gente viu que o limão siciliano estava presente vários momentos. Inclusive na casa dele tinha monte de limão siciliano espalhado pela casa.

Rodrigo (12:38)
tinha pad ali, mano, você viu? Só

que a gente foi pra lá, pra Ceci, porque músico ia tocar uma música que tocou na nossa casamento, na entrada da Paula,

E aí ele ia tocar lá no teatro na Sicília, ele tava sem turnê há uns dois anos por causa da pandemia. E aí a gente foi passar as velhas, foi onde eu decidi pedir ela casamento, né?

Paula (12:58)
Então

a gente só foi para a Cecília por conta desse vídeo, no final das contas.

Rodrigo (13:03)
dessa

música que até assistiu lá no teatro.

Paula (13:06)
Segundo

o Rodrigo, quando ele assistiu esse clipe pela primeira vez, ele já tinha decidido que queria acabar comigo e que ia ser nessa música. Então, na verdade, emocionalmente, a gente é uma convergência de muitos fatores a escolha do nome, né, Zingaros. projeto si, a gente ficou remoto por conta da pandemia, momento muito difícil muitos aspectos, mas que a gente se isolou no mato.

A ficou indo para várias... A pegava vários Airbnbs, negociava a média temporada, avitações... Exato, dois, três meses, e chegou uma hora que a gente percebeu que quando gente voltava para o carro, a gente voltava para casa. uma sensação... Embora fosse muito bagunçado, tinha uma prancha de cima do câmbio, era caos o Sandeirinho.

Rodrigo (13:44)
meses assim.

Paula (14:00)
Mas era uma sensação de horror, era a única referência que a tinha. A já tinha desalugado apartamentos, já não tinha mais nada fixo há muito E daí foi fazendo sentido talvez transformar o Sandero algo maior que virasse a nossa casinha e que a gente pudesse trabalhar paralelamente, fazer ligações, falar juntos. E aí a van veio como essa solução para a gente continuar na estrada e continuar trabalhando.

foram quatro anos de trabalho E aí depois ano e pouquinho, não sei exatamente, os trabalhos já estavam voltando presencialmente, gente entendendo... Já estava tendo muito que vir para São Paulo, estava muito puxado e assim, ou a gente voltava de vez para São Paulo ou a gente pegava a van e se jogava no mundo de vez. Então o sabático veio muito nessa vontade de...

Rodrigo (14:57)
Suino já estava naquele caminho ali.

Paula (15:01)


é nossa casa, a gente já se adaptou a todos os perrengues naturais da vida na van, então vamos nessa.

Rodrigo (15:08)
E aí hoje a gente sente o carro, casa como lar mesmo. Porque a tem a nossa referência de lar ali. eu brinco que... pessoal fala, como que é viajar numa van? Eu falo assim, viajar é bom, mas quando você volta pra casa, você sente aquele conforto da sua casa e tal. Todo mundo fala, cara, uau, foi boa a viagem, mas voltei pra casa. Aí a gente brinca que viajar casa, não precisa voltar pra casa.

É isso.

Paula (15:38)
Exato. E também tem gente que fala, nossa, mas está morando num espaço tão pequeno, né? E, na verdade, para a gente foi baita de avanço. De avanço. A gente, de repente, tinha espação ali, quase que uma mansão, comparação ao que era o Sandero. para a gente foi ganhar espaço ao invés de perder.

Rodrigo (15:55)
Porque

quando a estava no São Deus, já tinha uma caixa com coisa... Caixa com cozinha, caixa de outras coisas, caixa de equipamento...

Paula (16:04)
A

gente não sabia o que estava dentro, a mochila...

Rodrigo (16:06)
Caixa

de barraca. assim, o carro já tava ficando como... Aí depois que veio a van, tudo tem o seu lugar. Agora... Claro que não, não. Sempre, né? Mas fica bagunçado, são 8 metros quadrados. Já fica bem mais fácil. Hoje meio que parece... é pouco, mas a gente tem tudo que mais desnalar. Caixa de camento, tudo. Tem a nossa geladeira, nossa comida, fogão. Então... É bem legal.

Joao (16:35)
Pô, que é isso, baita história! E aí uma das coisas que me chamou a atenção é que, vocês são relativamente assim... Se você olha pro mundo de pessoas que viajam o mundo, no motorhome ou não, elas tendem a ser mais blogueiras mesmo, né? Tipo, faz canal e aí tipo, sei lá, fazem umas pubs, etc. Então assim, tendo isso como parâmetro, vocês são meio que low profile. E pelo que eu entendi da história, nunca foi intenção, tipo, fazer disso negócio.

Certo? Era só meio mesmo.

Paula (17:06)
No início, gente nem tirava muita foto, nenhum dos dois. O Instagram pessoal do Rodrigo tinha 15 publicações, sei lá, pouco mais. Ao longo do tempo, a gente foi sentindo vontade de fotografar mais, para ter mais memórias, porque realmente a gente falava, a tal lugar a foi, às vezes nem tinha foto no início. E depois que isso foi virando naturalmente estilo de vida...

Rodrigo (17:15)
Nem isso, por aí.

Paula (17:29)
A gente já está trabalhando próximo de lugares muito legais no final de semana, viver, às vezes, uma cachoeira que normalmente é bem inacessível. Os nossos amigos ficavam, vocês têm que publicar, vocês têm que colocar isso para a gente ver, para a quando a gente foi para o sabático, a gente pensou, cara, a gente vai estar longe de todo mundo por bom tempo, não sabemos quanto. Vamos fazer a página, vamos tentar. Eu já estava nessa de escrever. Sempre gostei de...

de edição, de poder aprender isso pouco mais e com o tempo disponível, porque também eu acho que é isso. A página, por menor que ela seja, envolve trabalho de curadoria, de seleção, de cuidado, de comunicação. Se você quer ter pouco de profundidade, você tem que dedicar tempo. Então, foi mais nesse sentido, mas a gente morria de vergonha. O primeiro vídeo que a gente falou, Nossa, que vergonha! Eu publiquei, fechei o celular. Ai, meu Deus, que vergonha! Então, é zero no...

Rodrigo (18:23)
Mas foi super legal, porque a gente começou a encontrar pessoas e ver que a gente era inspirado e podia ajudar pessoas também, e aí pessoas no caminho porque, alguém passava, gente estava passando por uma cidade, alguém da cidade via que gente estava por lá e, passa e conhece meu amigo ali e tal, então, assim, começaram a surgir várias conexões por causa das redes.

Paula (18:50)
foi conhecendo outros viajantes que estavam mais à frente, até, que nos deram muitas dicas e viraram amigos, grandes amigos no caminho.

Rodrigo (18:58)
para o grupo de apoio entre os viajantes, essa estrada perduvida, tal, enfim, acho que... Então foi bem útil, Porque realmente a gente já está longe de todo mundo e foi o que aconteceu, assim. A passou o último ano...

Paula (19:12)
E virou uma memória muito boa também até agora, Porque a gente cuidou pelo menos os stories, a gente colocou bem na

Rodrigo (19:20)
me emociono ainda, vocês não sabem, acho que tá tudo muito vivo ainda, a tá integrando, porque gente chegou volta no Brasil agora faz dois meses, eu acho, assim, então gente tá integrando tudo, assim, porra, olha o que a gente vendo, meu

Joao (19:34)
acho que para além do fim comercial que muita gente tem com esses canais, é como vocês disseram, no sentido de até isso catalogado e registrado. Então ali quando você quer reviver uma memória, você vai. Então no final das contas, eu acho que não tem muito o que perder abrir canal. É mais o negócio de destravar vergonha.

relativamente tímido com relação a essas coisas de rede social. eu fui fazer o podcast... Nossa, lembra quando eu lancei o primeiro episódio que tava minha cara lá, assim, eu falando, eu falei, meu Deus! função dentro de você é complicado, mas depois vai melhorando.

Paula (20:11)
Eu acho que existem vozes de julgamento, talvez vozes existem, outras que a gente cria de auto E foi legal também esse processo da gente transcender isso. Cara, essa é a nossa vida, isso que a gente está vivendo. Tudo isso aqui é completamente verdadeiro e puro. E se tiver bom, é bom, se não tiver bom, não é bom e não tem problema nenhum.

Rodrigo (20:36)
acho que a Paulinha também sempre foi muito mas também tem lado das redes sociais cara, o que era pra ser hobby e se conectar com a natureza virar outro trabalho, né? Então a gente focou muito estar presente, assim, muito presente no momento era sabático, viver sabático, uma mudança de estilo de vida forte.

Vamos dizer viver dizer assim, não os mesmos padrões, Que a gente tinha, a gente pôr e mudar de espaço externo, mas a gente também tem que tentar mudar os nossos padrões. a gente não queria talvez se relacionar com a natureza como uma forma de trabalho.

Paula (21:18)
Naquele momento, é. A gente tinha esse privilégio, A gente se organizou durante quatro anos para viver sabate com onde a não precisaria monetizar ao longo dele. Então, não era isso que atravessava, né? O foco do monetizar. E aí, quando você vai para esse lugar, é lugar que pode ser muito libertador tantos aspectos de você poder, ou ganhar grana fazendo coisas que te inspiram tanto, dão trabalho, mas te inspira, mas ao mesmo tempo...

É ambiente competitivo, as mídias sociais hoje dia são empresas. é trabalho muito grande. A gente tem amigos que têm significativas que vivem, que hoje dia já conseguem viver 100 % do trabalho nas além de ser muito puxado e é trabalho muito ele também é trabalho que envolve a imagem, que pode misturar quem você é versus o...

como te vê, então trabalho muito profundo que envolve muito cuidado também, né, consigo e a sua vida que está ali. As relações com as comunidades, você acaba, você vira influenciador, você tem esse papel de ter cuidado, com o que você vai influenciar e os impactos disso. Então a gente admira muito, a gente tem grandes amigos, não foi o nosso vamos ver para frente,

Rodrigo (22:21)
com a comunidade.

Paula (22:39)
Quais são as decisões que miram aí pela frente? A gente admira muito, mas não era esse foco. Naturalmente não era essa a intenção.

Joao (22:46)
Entendi. E aí, pessoal, enfim, falando pouco mais aqui sobre o planejamento de vocês, né? Então vocês decidiram fazer o sabático e aí pelo que eu vi vocês visitaram, tipo, 18 estados no monte de países aí. Então, assim, como é que vocês faziam com essa questão do planejamento no sentido de itinerário e também no sentido de quanto tempo ficar cada lugar?

Rodrigo (23:08)
Essa parte de geografia, vamos dizer assim, é mais minha. No início era sempre focado mais no trabalho e poder trabalhar de uma forma confortável e produtiva.

E a gente vendo despobrida de lugares e negociando para poder ficar próximo com o carro, ter apoio, ir uma casa algum lugar. aí a gente que também no fluxo da vida. Às vezes aparecia algum amigo e falava, vem aqui para

Tentando seguir asas, tem algum compromisso, vamos dizer É... É, que eu lavo na

Paula (23:43)
gente sempre acabava na Bahia, né?

Rodrigo (23:46)
Aí minha família é da Paula de Brasília, então a ficava nessa rota também São Paulo, Brasília, Bahia. São Paulo, Brasília, Bahia.

Aí a gente chegou para o norte também, mas não tinha planejamento. A gente brincava que o plano era não ter plano, né? fluir com a Agora, nesse último ano, quando a atravessar os países, tinha que ser pouco mais planejado, o tempo de importação temporária do carro, Então aí era de acordo com o visto.

que dava pro carro, barra pra gente. aí gente chegava nos lugares, entrava num país novo, via o que a gente gostaria de fazer, o que a mais gosta de fazer, e pensava, assim, vamos ficar tanto tempo e descendo da cidade. Às vezes conhecia viajantes que estavam muitos viajantes americanos, europeus, que estão fazendo a volta vésper, A gente tava subindo a América do Sul e eles estavam até Patagonia, né? E aí encontrava, falava, pô, o você achou legal do...

que você achou legal de Equador, que você achou legal... o que você gosta mais de fazer? Tem viajantes mais urbanos, de história, cultural, e viajantes mais de natureza, mundo outdoor, igual a gente está falando aqui. aí geralmente também tem o fato de quanto mais outdoor, mais difícil de chegar, Mais inhóspito, e aí de chegar com o carro, aí gente os limites que a gente conseguia chegar com o carro ou não.

Paula (24:47)
Porque tem estilos mais virajantes.

Rodrigo (25:12)
transportes, os lugares, assim, pensando muito nessa questão da logística, né?

pelo tamanho tem lugares muito estreitos, né? a gente tinha carro menor, a gente ia dentro de uma cachoeira, com o motorhome... Não. E aí a colocou duas bikes atrás, pra quando a gente não conseguisse chegar de carro e de bike.

Paula (25:32)
É porque o Sandero, embora ele seja carrinho popular, ele levou a gente para muitos lugares. A gente fez cinco horas saindo do Piauí, no areião, do sertão. E o Sandero aguentava, ia,

a van é carro super forte, também tem uma casa super pesada, mobilidade é muito diferente. quando a gente mudou pra van, realmente a gente se sentiu limitado nesse sentido e as bikes foram uma solução pra gente poder parar a van e de as cachoeiras, pra não ficar tendo que pedir caro no tempo inteiro. Mas relação ao planejamento, eu sinto que no Brasil, como o Roo sempre foi trilheiro...

E eu também sempre morava Brasília, ia muito pra veadeiros. a gente foi viajar pelo Brasil, a gente já sabia coisas que a gente gostaria de conhecer, lugares que são mais inóspitos, menos acessíveis, a gente já sabia. Quando a gente foi para outros países, a na verdade, não sabia o que era turístico, o que não era turístico, o que era pega turista,

aí a gente foi tendo algumas lições aprendidas no caminho, Tu tá aquela lista, passa por aqui a rota que a galera fez, mas não obrigatoriamente a rota que viajante fez, porque o objetivo dele chegar lá na Alaska, é exatamente a rota que você vai fazer, que vai passar mais tempo ali naquele país e vai conseguir ter outro tipo de vivência. Não é sobre ser melhor ou pior, mas é diferente. Então a gente começou a ter que planejar muito mais, né? Ter muito mais trocas. E parte relevante do nosso dia, né?

Principalmente o Rodrigo, que é melhor fazer isso, eu ficava só dando pitacos. Era isso, era boxa, isso aqui parece que legal, mas nem tanto. E também quando você atravessa o país, por gente ficou maluco na Colômbia com a quantidade de coisa maravilhosa que tinha pra fazer. Não dá pra fazer isso dois meses, que era o tempo que a gente tinha estipulado. Então, assim, gente tinha que base outras pessoas, com base na nossa intuição.

E ao longo do tempo a gente vai fazendo isso cada vez melhor, eu senti.

Joao (27:30)
por exemplo, vocês também comentaram sobre o ponto de que como já tem várias pessoas viajando, então a gente acaba criando várias expectativas sobre como lugares vão ser, No sentido de tipo, você vai para lugar antes de você ver umas fotos, você vê uns vídeos, então você tem uma ideia. Só que mesmo assim, eu acho que o fator surpresa, ele ainda acontece, né?

foi o lugar que surpreendeu vocês mais?

Rodrigo (27:55)
acho que tem estado de espírito assim, De como a gente tá. lugares mas a gente foi muito difícil de chegar, por exemplo. Aí talvez não compensou o esforço de chegar,

vou te falar que eu procuro não ver, eu quero... Esse lugar é legal, eu sei o nome e como chegar lá, mas procuro ficar não olhando muito, assim.

Paula (28:21)
Chegou uma hora até que a gente já tinha uns amigos que a gente já tinha sacado que eles tinham estilo muito parecido com a gente, que a gente falava fulano, entre A, B C. Você acha que a gente vai curtir mal? Mas qual? Ele A, C? Então bora, assim, também chegou...

Rodrigo (28:34)
A

gente conhecer A, B, C, conhece C com mais tempo, de qualidade, sabe?

Mas lugares que marcaram muito deserto do Peru, Paracas, que a gente chegou montanha entre deserto e mar e gente estacionou o carro e gente viu o mar.

Paula (28:52)
de andar por muito tempo no deserto.

Rodrigo (28:55)
E a gente ficou lá alguns dias sem aparecer ser humano, foi uma experiência muito legal.

Paula (29:00)
E esse, por exemplo, a gente não sabe, porque a Vann não é aí dos nossos amigos virou e falou, confia que a Vann vai chegar. E a gente sabe que ele conhece a Vann, e a gente lá.

Rodrigo (29:11)
E

aí pegava as referências de alguém que chegou que tinha van e perguntava como você chegou? Cheguei, só não pode quebrar. É aquela coisa assim, sabe? Se quebrar, vai ser deserto e vai ser 200 km sem aparecer ninguém. É aquela coisa. Então foi o Exato Paracas no Peru. O Iwash foi muito especial, que é uma trilha que gente fez lá de oito cor de leirar

Paula (29:27)
Oi, deserto.

nós dois, né?

Rodrigo (29:41)
sensacional

no Equador Galápagos é incrível, embora é bem turístico, é incrível.

Joao (29:47)
Mas vocês conseguiram chegar de van lá Galapagos?

Rodrigo (29:50)
Aí a gente estacionou Guaiacil e pegou

Joao (29:53)
tem balsa que conecta, eu imagino.

Rodrigo (29:55)
Tem uns barcos, mas demora cinco dias.

Paula (29:57)
É, mas acho que não pra chegar de carro. Acho que se você quiser chegar pelo mar, é possível, mas é penoso.

Rodrigo (30:04)
Nem

é possível, até para os moradores de lá terem carro é uma burocracia. Mas a costa do Equador é muito bonita também, o Sogalá plus foi bem especial e os vulcões. E a a Colômbia é sensacional. A gente se apaixonou demais, país vibrante, com muita música, povo hospitaleiro também, demais, te amou. E teve lugar que foi muito especial

Paula (30:09)
de carro acho que não

Rodrigo (30:31)
o Caribe. O primeiro mês da Colômbia foi pouco mais urbano, a passou Cali, Medellín, Antioquia, que ali é gostosa, mas o segundo mês foi o que a gente mais gosta, região de cachoeira, depois praga.

Paula (30:49)
A

história de Chapada Diamantina com Minas Gerais,

Rodrigo (30:52)
região de praia no Caribe colombiano mais próximo da Venezuela. Ali tem uma região que tem praia, rio, cachoeira e montanha, porque tem montanha de neve que é mais próxima do mar. região assim foi muito especial. A gente foi numa cachoeira, num povoado que chama Florian, com umas 5, 6 horas de bobo, tá? Que tem uma cachoeira que sai de uma caverna de quase 300 metros de altura e a gente ficou...

chalézinho de a gente, não tinha ninguém, olhando pra aquela cachoeira de 300 metros caindo, só contemplando. Então foi muito especial.

Paula (31:29)
E eu encomeria nessa lista a Gran Sabana, na Venezuela.

Joao (31:35)
É onde

fica o salto enrel,

Paula (31:37)
É onde fica o Salto End, onde fica Monte Roraima, os depois. Muito se fala sobre o salto e sobre o Monte Roraima, mas eu pouco ouvi, tinha ouvido até então sobre a Gran Sabana. muito mágico, é muito louco. Acho que lá também a não tinha tanta expectativa, a vontade era, se não vamos chegar lá Gran Sabana, o significa se gente está chegando perto da fronteira? Vai estar tudo mais Mas a gente se emocionou muito quando chegou

Rodrigo (32:03)
Brasil, o litoral sul da Bahia e a Chapada Diamantina são nossos lugares termos de grandiosidade, beleza, acho que o Brasil tem milhares de Mas Lençóis Marenses é extraordinário, né?

Paula (32:18)
Que

ela então fez uma lista de 15, 20 lugares.

Rodrigo (32:21)
A Paula chorou comigo segundo as maninjas, tipo de emoção a primeira vez. Eu já tinha ido, mas quando a foi junto ela chorou de emoção, assim, é muito especial.

Joao (32:33)
quais foram os lugares mais incríveis?

Paula (32:36)
lugar tem sua.

Rodrigo (32:37)
É,

calandar quem sou, se eu precisar, depende muito estado de espírito e das pessoas. Às as pessoas que você conhece no lugar, são completamente, fazem sabe?

Joao (32:49)
Eu concordo totalmente a minha próxima pergunta. também que as pessoas têm

papel muito importante na forma como a gente sente e na forma como as experiências acontecem dentro das viagens. Então, teve alguma história, alguma pessoa especial que marcou muito para vocês?

Rodrigo (33:09)
Aí é foda, esses lugares têm essa lista das pessoas, dá pra citar. A gente fez muitos amigos durante toda essa fase. A tem amigos viajantes brasileiros que gente vai levar pra vida. Não dá pra

Joao (33:25)
precisa nem ser nomes, uma experiência, alguma coisa, que... que... uma cor.

Rodrigo (33:31)
acho que na chapada de manchina foi várias vezes, gente sempre muito acolhido. passou a morar praticamente na casa de uma família que você recebe com todo carinho. Agora a gente voltou para o Brasil e eles estão falando, quando vocês vêm para cá...

Paula (33:44)
Eu tô roçando aqui o terreno pra estacionar.

Rodrigo (33:47)
É

como se fosse uma pessoa que a gente conhece que vira parte da família, que a gente considera familiar, sabe? algumas...

Paula (33:57)
Algumas famílias se machucaram. gente tem uma outra família são pais e quatro crianças. Não por acaso, a gente foi encontrar casal de amigos viajantes que estavam lá. Eles são apoio para viajantes. Aí gente foi, eles avisaram, mas vocês se preparem que tem quatro crianças aqui. Então vocês vão alucinar com essas crianças, né, Rodrigo?

Pira, quando tem cachorro e criança, acabou. Ele não quer fazer mais nada. Ele esquece que ele gosta de fazer trilha. a gente ficou tão apegado que o casal de amigos, o casal saiu, a gente ficou mais. E algumas poucas semanas depois, a família tirou férias e foi encontrar com a gente lá na região de São Paulo. Tem trânsito quilômetros depois e foram acampar com a gente. a gente viaja com os desenhos das crianças no carro. Então a gente também foi muito impactado.

muito por famílias, não sei se também tem a ver com o nosso momento de vida, projeção do que a gente quer de agora diante, que pais gostaríamos de ser e que vida gostaríamos de poder os nossos filhos e para a gente. ter essas novas formas de poder estar comunidade com a gente.

Rodrigo (35:10)
uma família que nos recebeu quando aconteceu o acidente do carro também, a passou tempão na amecrânica e aí essa família também nos recebeu

Paula (35:19)
A

gente perdeu o chão quando rolou o astridém.

Rodrigo (35:23)
E aí eles nos acenderam, nos acolheram, vamos consertar. É, a jantava na...

Paula (35:27)
levar a gente pra passear

Joao (35:31)
Que acidente foi esse assim? Vocês se machucaram?

Rodrigo (35:34)
teve uma batida na porta e a gente ficou sem porta no Equador. E aí a gente...

Paula (35:40)
A gente estava passando por quebra-molas numa cidade de interior pequenininha e veio o camionete, gente acha que ele estava mexendo o celular. E aí bateu na traseira, mas a porta não fechava e a gente estava num país, nova língua, nova cultura. E daí a teve que ficar duas semanas, até conseguir consertar tudo, também as bikes, elas ficaram completamente empenadas. hoje... Todo dia. Olha, onde estão?

Rodrigo (36:00)
As crianças mandam mensagem pra vocês tão?

Paula (36:06)
Onde estou na Muito pouco.

Joao (36:08)
Pô, que isso, que da hora! E já que vocês entraram assunto perrengue, esse foi o maior de todos?

Rodrigo (36:10)
e muito mais

Foi, acho que sim. Foi dos maiores. se sentiu... Porra, gente está outro país, não dá para simplesmente eu voltar para casa e deixar o carro aqui.

Paula (36:27)
Porque a minha casa tá aqui.

Rodrigo (36:28)
que lidar com a gente não sabia quebra, dá pra consertar, se vai ter peça, são outras peças. sempre você vai achar as coisas. A gente teve que se locomover pra uma capital, depois do A Paula foi segurando a porta, assim pra não... Enquanto ela dava dos Aids que logo, pra chegar num lugar que gente nem conhecia as pessoas. Você mandou mensagem de oito, tudo bem?

Paula (36:43)
Deitada na cama, segurando a porta.

Rodrigo (36:50)
Peguei o seu contato com uma pessoa que eu não conheço também. Você consegue nos receber para arrumar o carro? gente pensou que ali tinha acabado a viagem, porque podia estragar outras coisas ali, afetando a estrutura do carro. água, enfim, podia ter batido no gás, aí a gente ia ficar sem cozinha, e A gente achou que poderia ter acabado a viagem.

Paula (37:04)
A gente

E a polícia, quando ela chegou, falou que o protocolo aqui é levar os dois carros para o pátio e iniciar processo judicial aqui. Te olhamos pra cara do Oslo? Como assim?

Rodrigo (37:25)
Aí isso pode demorar dois meses. Eu falei, pô, a nem tem esse tempo de permanência no país, né?

Paula (37:30)
E aí é isso, ter que lidar com aquela situação. No final foi tudo resolvido, eles já pagaram na hora, gente resolveu No final das contas deu tudo a sécio, a gente recebeu apoio maravilhoso e as coisas fluíram muito bem, mas tipo de sensação, de nossa, cara, de a gente se sentir completamente encurralado sem saber que que acontecesse, com certeza foi o maior perenco.

Rodrigo (37:52)
Agora

perrengues diários, normal.

Paula (37:55)
O Zepin ter.

Joao (37:56)
É, perrengue diário é você fala de coisas que a gente como dado, Na nossa vida, de quem mora na cidade, tem uma casa pra tipo, você morar numa van, né? Então, eu imagino que, sei lá, perrengue

Rodrigo (38:08)
Eu

acho que ter que

Paula (38:09)
de água, de descarte.

perrengues da estrada, De estradas perigosas, de estradas...

Rodrigo (38:20)
É,

o caminho é errado, entrar numa cidadinha que era só pra passar mula e eles só passam tuc tuc e eu entrar com avan e falar, porra, agora não consigo mais

Joao (38:32)
ao longo desses cinco anos, qual que para vocês é o grande aprendizado? Porque eu vi que dos pilares que vocês têm do projeto é de estar contato com a natureza e expandir a nossa consciência. Então

qual foi grande aprendizado para cada de vocês?

Paula (38:50)
fez algumas Teve a travessia para Machu Picchu, que foram cinco dias, 100 quilômetros. Teve a do Iowa, acho que foram oito dias, 100 quilômetros, mas fazendo passo de montanha por dia altitude. E na reta final a gente fez o Monte Roraima, foi uma travessia de quantos não é travessia porque vai e volta, né? Dois dias. Oito

são momentos comigo mesma, com meu corpo, tive uma sensação recentemente, fechando esse viagem internacional, de perceber como o nosso corpo se desenvolve, de como o nosso corpo se adapta.

de como foram trilhas, fiz diversas trilhas onde eu estava num nível de estresse super alto, no início vida, pelo trabalho, pelos sonhos, pelos desejos e a esse contato profundo com a natureza mostrando que está tudo bem, que a vida que nós As coisas acontecem, independente da gente querer controlar ou não que quando a gente se depara com os desafios, inclusive físicos, nosso corpo vai se desenvolvendo, ele vai se...

e adaptando e vai se fortalecendo. Quando a gente foi fazer o Monte Roraima como se mais uma trilha no sentido técnico da a gente já tinha repertório tão vasto ao longo desses cinco deu uma evolução física, não só espiritual, mental, de ter conseguido...

com todos esses desafios ao longo do caminho, mas que o corpo também desenvolveu ao longo desse processo. Então, uma sensação de estar cada vez mais inteiro, seja para o que for. A gente fechou ciclo ali da viagem internacional voltando para o Brasil sem ter muita clareza ainda do que mas talvez com menos medo relação a ser capaz ou não ser, porque a gente é. gente simplesmente é. E quando a gente se coloca a serviço daquilo, as coisas fluem, as coisas acontecem quando você se entrega por inteiro.

meu caso, essa jornada na natureza foi me ajudando a me conectar cada vez esse sentimento potência, não hierárquica e capitalista, mas potência humana mesmo, que a gente é, individualmente todos

Joao (40:54)
E você é o André.

Rodrigo (40:56)
Então, que pegando gancho que a Paula falou, que a natureza, te ajuda a meditar, Você não precisa daquela disciplina, acho que, fazendo o tri, a gente se sente Mas acho que o principal desafio, assim, é você conseguir esse equilíbrio interno que a gente acessa na natureza outros E aí...

Esse que é o principal adianta nada a gente ir para a natureza e manter os mesmos padrões. Eu até escrevi quando eu fiz o vai-uache gente estava no silêncio absoluto. Então ficava mais claro os meus barulhos quando a gente está ambiente com muitos estímulos, a gente se gente fica se anestesiando e não percebe. Então acho que o disso é...

me escutar, sentir meu corpo ouvir meus barulhos e lidar com eles, assim. E não tentar me sabe? Porque eu acho uma vida cheia de estímulos, eu me anestesiava mais pra não lidar com os meus agora o principal ponto é, lia de com seus barulhos pra evoluir, buscar a evolução. é pouco

Paula (42:02)
isso, da gente conseguir esses estados que algum momento foi na natureza, que a gente foi puxado, mas como no dia a dia, com a família, com os familiares, com o trabalho, com as responsabilidades, como voltar para esse lugar que ele é nosso? Ele é nosso.

Rodrigo (42:21)
E acho que a felicidade não está no está no ordinário. mais do eu estou no topo de uma montanha para acessar aquele estado de espírito, é como eu acesso a esse estado de espírito tomando café de manhã na minha casa. Devagar sem estado de ansiedade de estar várias coisas, entendeu? Então...

é almançar a mente e acessar esses estados de felicidade porque eu não preciso estar no outro lado do planeta ou num lugar super minha mente tiver barulho lentando, então é consigo acessar esses no ordinário, nas coisas assim.

Joao (43:05)
É isso cara, incrível. Então se você pegar aí o balanço, pegar todas as experiências incríveis que vocês tiveram, mais os aprendizados, o saldo é extraordinariamente então, para finalizar aqui, vocês gostariam de falar para a gente pouco mais sobre os planos futuros, se é que existem,

Rodrigo (43:23)
Então, a gente voltou para o que a viagem tinha bastante intensa, uma viagem de ano. gente está sentindo outro lado pouco uma base mais fazer viagens menores, talvez. Não fazer uma viagem de ano, fazer viagens de dois, três meses e voltar para uma base fixa. Então, a com a vontade mais

de enraizar Vamos ver.

Paula (43:50)
São

cinco anos sem uma casa E tem muita coisa boa, mas também existe uma vontade nossa de poder estar num lugar onde a gente vai criar uma comunidade.

Rodrigo (44:03)
No Brasil, acontecia muito isso. num lugar e ia ficando, ia conhecendo a galera local e tal. E aí a gente aquele ambiente, a conhecer. tudo é novo o tempo mais difícil você criar a vida.

Aqui no Brasil não, gente sabe que gente vai visitar as pessoas novamente e tal. Então a gente pensa viajar mais for aqui continuar no processo, as viagens vão continuar com certeza, viajar de uma forma mais devagar. Porque no Brasil a gente já fazia isso, ficava dois meses cada E aí você consegue se conectar mais o lugar. Do que...

viagem internacional isso foi pouco mais difícil porque tinha o prazo do visto não dava pra simplesmente gostei daqui, vou ficar mais mês sabe? porque... é pica atravessar o país

Paula (44:53)
uma burroca adicional,

Rodrigo (44:56)
a gente tá sentindo isso, uma vontade raizar pouco, pra gente os estados de espírito que gente menciona. Não continuar hiperestimulando, na verdade.

Paula (45:13)
é se conhecer outros estados. a gente conversa muito sobre a questão da família, maternidade, qual contexto a gente instalar para E hoje a sensação é que hoje não seria na Havan. A sabe que é super possível, a conheceu várias famílias que a gente voltou da expedição com uma sensação de uma vontade de ancorar mais.

Então a gente ainda não tem as respostas, gente ainda não tem clareza relação ao trabalho, vai ser fixo, se não vai Mas a gente sente que a gente tá fechando ciclo relação à E aí o que virá, a gente ainda tá aqui sentindo,

Rodrigo (45:56)
E a vida é muito dinâmica, a subiu ia fazer trajeto, fez outro e a vida vai nos levando. E o importante é não ter resistência. Acho que se a tiver resistência, não sofre mais. O importante fluir com a vida, assim como a Parece brisa falar isso, né? Mas se o fluir entre os obstáculos, as a gente tem que fluir com a ver o que a vida está.

mostrando ali e não ter

Joao (46:23)
toda certeza adaptabilidade vocês mostraram que tem isso, O que vocês acabaram de fazer, viajar o Brasil de Sandero, depois de vocês têm, né? Que vocês vão encontrar o que vocês vão fazer, que vai ser uma coisa a melhor coisa possível, não tem dúvida.

Rodrigo (46:38)
Muito obrigado!