Rádio Grilo

18. Dayane Damm: Viagens, Fotografia, Mergulhos e Montanhas

João Agapito Episode 18

A Dayane Damm é criadora de conteúdo, fotógrafa, mergulhadora, montanhista e fundadora da Bhumi Expeditions, empresa que promove experiências de conexão com a natureza no Brasil e pelo mundo. 

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Joao (01:19)
Quando você estava lá na sua faculdade de direito, estudando, você imaginou que ⁓ dia, num futuro não tão distante, você estaria guiando expedições nos vulcões do Peru, escalando montanhas na Guatemala?

Day (01:34)
Jamais! Jamais! Nossa, eu brinco muito com as meninas que viajam comigo que a vida é uma constante montanha-russa, obviamente, de diversos aspectos, mas é uma loucura. E ela só se torna essa loucura, esse constante movimento, se a gente se dispõe a isso, se a gente está aberto pra isso. E quando a gente se abre pra isso, a gente se surpreende bastante, porque a vida vem acontecendo de uma forma muito dinâmica.

E quanto mais gente está aberta e agarra as oportunidades, mais coisas acontecem. E quando eu entrei na Faculdade de Direito, eu não tinha expectativa nenhuma nesse sentido. Na verdade, eu tive o intuito de entrar na Faculdade de Direito, inicialmente fazer concurso público, e na metade do caminho do curso, eu virei as ideias e falei, não, vou advogar. Tanto que eu fiz isso. Eu me formei 2015 e eu advoguei por três anos. Mais ou menos três anos, três anos e meio, eu conto...

Três anos oficialmente, porque eu tive a sociedade, né, como as outras duas advogadas. Mas depois disso, eu falo que é extraoficial, porque a gente acaba continuando a lidar com algumas ações ali, principalmente para os amigos próximos, família, algumas coisas que ainda estão caminhando e a gente continua lidando, né? Então eu fui migrando aos poucos para outro estilo de vida, que na época eu conhecia o yoga. Então fiz aulas e me apaixonei profundamente e comecei a me aprofundar.

mais ainda nos estudos, fiz cursos de formação. E com isso, fui carregando toda uma saga de mudanças, porque a vida profissional si hoje já carrega grandes mudanças e dita todo o ritmo das outras coisas da vida. E foi exatamente assim comigo. Então, não imaginava. E cada escolha que eu fui fazendo nesse caminho, nesse processo todo, foi me direcionando para o que eu estou hoje.

Joao (03:25)
E eu acho engraçado porque uma das grandes ironias da vida é que a gente tende a olhar muito para o futuro e a gente fica muito ansioso com relação a isso. Mas no final das contas, a nossa vida só faz sentido quando a gente olha para o passado, para as decisões, para as micro decisões que a gente fez. E que incrível que hoje, sem querendo julgar, mas já julgando, seu trabalho me parece muito mais interessante do que de uma advocada.

Day (03:55)
sim. Assim, vou deixar a parte. Sim, eu prefiro muito mais. Mas eu acho que é muito de se encontrar também, sabe? É muito complexo falar sobre isso porque a questão da visão de mundo de cada é muito discrepante, muito diferente, cada tem uma realidade diferente. Mas hoje, por exemplo, eu, Daiane, me encontro fazendo algo que, nossa, parece que foi a minha essência desde o início.

e eu não tinha encontrado ainda. Então, quando eu me propus a ter essas escolhas diferentes de estar, fazer alguma... tomar alguns caminhos diferentes do que na época, era completamente assim. Nossa, não acredito que fosse fazer isso. E estar hoje aqui, estar aqui hoje nessa posição, para mim, foi uma mudança muito grande, processo muito grande, que não foi do nada.

Inclusive, algumas pessoas me perguntam isso. Nossa, mas como é foi essa transição de carreira? O mudança de estilo de vida, de tudo. Cara, não foi de dia para o outro. Foi uma coisa, cada decisão, mini decisões, como você disse, que a gente vai tomando e a partir disso vão surgindo outras oportunidades. E foi exatamente nisso. Nesse processo eu comecei a viajar mais do que antes eu viajava. Então entrei num mochilão, final de 2020 para 2021.

Embarquei no mochilão por quase ano. Nesse meio tempo do mochilão, eu me descobri cada vez mais ainda na fotografia e com o trabalho nas redes sociais. Eu vi que ajudava muita gente que tinha o desejo de viajar e às vezes não conseguia, não sabia como. Então, processo dessa viagem, é o que tornou muito mais intenso tanto nas redes sociais, mas mais voltadas para a fotografia também. Então, a partir daí, fui conhecendo pessoas, fui conhecendo lugares e tive oportunidade de falar assim, cara, eu tô...

Passando por essa fase aqui, nesse momento, será que sou só eu que passo por isso? Não, acho que outras pessoas também passam. Principalmente mulheres, porque eu estava passando por uma fase na vida pessoal, muito intensa, muito profunda de descobertas e tudo. Então, acho que a mulherada também passa por isso. Não possível que sou eu que faço por isso. Daí que veio a ideia de começar a fazer as expedições para proporcionar esses tipos de momentos, para encorajar. Eu acho que o maior propósito da BOOM hoje, que é a minha empresa de expedições, ela é para isso. É encorajar, às vezes, mulheres.

ou pessoas que queiram se conectar com a natureza a se desbravar mesmo, interna e externamente, colocar assim, vamos viajar? Que eu acho que é uma ferramenta de transformação muito grande, principalmente voltada para o autoconhecimento.

Joao (06:28)
Então, eu ainda quero entrar no tema boom com você, mas explorando pouco mais sobre o processo. Você disse que não foi uma coisa específica, mas o processo que te levou a fazer o que você faz hoje. Dentro dele, teve algum gatilho, alguma coisa específica que disse assim, mundo corporativo, trabalhar aqui das 18 a 18 de terno não é para mim. Teve alguma coisa nesse sentido?

Day (06:57)
Olha,

eu acho que eu não diria gatilho, mas foi ponto muito forte para que eu tivesse essa mudança de perspectiva ⁓ relação ao trabalho. Nessa fase, ainda que eu estava no escritório, que eu comecei a fazer aulas de yoga, o yoga ⁓ si, numa forma geral, é uma ferramenta muito grande de auto-transformação, de autoconfiança, de auto-desenvolvimento. Então, esse fluxo de trabalho intenso, você está sempre conectado com...

com o trabalho, com aquela rotina louca de escritório, etc. Às vezes você não para, você não tem tempo realmente para olhar para dentro, para respirar, para meditar e para olhar exatamente o que você é, o que você gostaria de ser ou ter. Então, eu acho que Yoga me trouxe esse tempo, esse espaço para eu realmente olhar para dentro e começar a ver realmente o que eu gostaria, o que eu queria. Isso me bateu muito na mente.

não tô no lugar certo, acho. Eu acho que não é isso aqui pra mim, porque eu parei, eu olhei pra dentro de mim e falei, quero algo diferente do que eu tô vivendo hoje. Então eu acho que o yoga foi uma ferramenta bem grande, bem forte pra mim nesse sentido, justamente pra me trazer essa consciência do que eu realmente queria e não do que eu estava vivendo, simplesmente pelo fluxo, pelo que as pessoas esperam, ou pelo querendo ou não ter aquele peso, né? Eu fiz uma formação.

⁓ direito, então eu tenho que trabalhar nessa área o resto da vida e a gente tem muito esse protocolo a seguir, né? Então eu acho que esse ponto foi chave na minha vida, assim, pra dar aquela viradinha e falar assim, opa, eu tenho algo a mais nisso aí. Aí por isso que eu decidi sair da sociedade, trabalhar no escritório e comecei a diminuir essa carga de trabalho, mas começando a migrar para outro tipo de trabalho. Tanto que quando eu comecei a dar aulas de yoga, por exemplo, eu ainda dava aula...

e ainda continuava com alguns processos. Cada vez mais tirando, saindo daquilo, mas dando aula eu tinha uma flexibilidade muito grande, da aula online, da aula presencial, foi uma transição para a carreira. Mas eu acho que o yoga tem ⁓ quezinho bem forte.

Joao (09:02)
Quando você tomou essa decisão de, entre aspas, largar tudo para fazer esse mochilão, imagino que tendo o peso de tudo aquilo que você estudou, o investimento financeiro, de tempo que você fez na sua profissão, então, bastante, sobrecarrega bastante a cabeça. como é foi essa decisão e como o yoga te ajudou a lidar com todo o...

com todo esse fardo emocional.

Day (09:32)
Nossa, pesadíssimo. Porque assim, quando eu decidi na verdade fazer o mochilão, eu tava numa fase da minha vida que eu tinha acabado de ser de rostramento bem grande, assim, de quase oito anos. E por causa de algumas decisões durante essa fase, eu acabei ficando ⁓ Vitória, eu sou de Vitória na verdade, Espírito Santo, então a gente acabou ficando por lá.

Quando inicialmente o plano era fazer mais viagens acabando que eu fiquei, como eu terminei o relacionamento e falei assim, aí nessa fase eu já estava só como professora de yoga mesmo. E eu falei assim, não tem muito que me prende aqui Vitória. E acho que agora eu estou na fase com condição de logística para conseguir fazer as viagens que realmente quero. Não tinha condições financeiras o suficiente para o que eu idealizava fazer. Então eu falei assim, vou vender tudo.

que eu tenho, vou guardar num lugar e vou usando desse dinheiro aos poucos. Então foi isso que aconteceu. Eu vendi todas as minhas coisas, acho que sobrou sei lá, umas duas, três malas de roupa e algumas coisas de escritório e tudo, mas o que eu tinha, eu tinha a carro financiada, tudo que eu tinha eu passei. E foi aí que eu consegui uma vaga num retiro de yoga, inclusive o primeiro que eu fui para a Amazônia, o mesmo retiro eu voltei dando aula de yoga e ali eu fiquei ⁓ mês na Amazônia.

Foi a minha primeira experiência no mochilão e eu tive uma experiência muito bacana ali. E a partir dali é que eu realmente decidi continuar viajando. O meu custo mensal era muito baixo porque eu fazia voluntariados, trocava hospedagem e alimentação por algumas coisas, alguns partidos que eu tinha, trabalhava no local e tudo. Então foi uma experiência muito grande porque me tirou da zona de conforto completamente. E ao mesmo tempo foi uma decisão que eu tomei.

que era como se eu precisasse daquilo mesmo. Eu não, eu preciso dessa experiência pra realmente desapegar tudo e como se fosse começar tudo de novo. Então foi exatamente por isso. Então lidar com isso durante esse processo não foi algo tão desafiador, pouco no início, mas como eu era muito movimento, eu tava muito envolvida com aquilo e, obviamente, o Yogo também me ajudou nesse processo todo porque eu dava aula onde eu estava. Eu chegava e falava, ó, eu sou professora.

tenho tal formação, posso introduzir aqui, dar aula e tudo. Então, dei aula na praia, dei aula hostel, dei aula ⁓ restaurante, dei aula tudo quanto é canto, lugar que eu gostaria de ir. Eu já colocava ali a proposta e falava, olha, tem como, tem como, então tá bom. Então, eu aproveitava e ainda tinha retorno financeiro, tanto as minhas aulas online quanto presenciais também. Então, isso pra mim facilitou muito. A ferramenta do yoga me ajudou, porém, eu estar nesse mundo novo, vamos dizer assim, ele...

ele tornou o processo mais leve. E, ao mesmo tempo, essa busca pelo autoconhecimento constante, ela foi me construindo, me ressignificando e também dando cada vez mais confiança para continuar seguindo.

Joao (12:35)
E esse mochilão seu durou quanto tempo? Você ainda está nesse mochilão? Espero que não, né? Não, não!

Day (12:41)
Hoje, já me perguntaram isso, assim, nossa, você faria isso de novo? Cara, eu acho que eu faria ⁓ outras circunstâncias, mas hoje eu tô numa fase completamente diferente. Então, não estou mais no mochilão, porque na época eu não tinha nem casa. Eu deixei o aluguel que eu tava pagando, eu não paguei mais, então eu só fui, mas acho que durante o processo do mochilão, foi uns dois, duas vezes só que eu fui pra Vitória, Espírito Santo, pra visitar minha família e depois continuar viajando. Então, eu fui mudando com esse processo todo.

eu fui trabalhando pouco mais, eu saía, não tinha muito o que lidar, né? Eu tinha as minhas aulas online, tinha as coisas mais ou menos certas ali, mas hoje, por exemplo, tudo é realidade completamente diferente, o meu trabalho está diferente, com muito mais responsabilidade, assim, que eu preciso de uma base fixa, eu tenho equipamentos fotográficos hoje, que me exigem querendo ou não deixar algum lugar. Então, vamos dizer assim, a impermanência e a insegurança desses aspectos mais materiais, ele fica difícil no mochilão. Então, você tem que se adaptar.

para você continuar seguindo esse estilo de vida. Então hoje a realidade é completamente diferente. Eu permaneci durante 11 meses, até realmente voltar para a vitória e pegar cantinho de novo e várias coisas acontecendo.

Joao (13:53)
Entende? Então esses 11 meses foram basicamente ali a Amazônia, América do Sul, chegou Brasil.

Day (14:01)
É, foi mais Brasil. Foi na época... Quando eu saí, foi na época... Tava meio que no intervalo para a segunda onda da pandemia, Então, as coisas estavam meio estremecidas ainda, meio incertas e quando veio a segunda onda da pandemia, eu estava num hostel ⁓ Ubatuba. E eu fiquei presa lá durante 15 dias, assim, completamente fechado. São Paulo estava no estado vermelho, lá no vermelho, não tudo fechado, fiquei dentro de hostel com...

vários voluntários também, então até isso normalizar e começar realmente voltar foi todo ⁓ processo. Aí eu saí de lá, não lembro pra onde eu fui agora, mas continuei até mais ou menos o final do ano.

Joao (14:39)
Então, dentro desses 11 meses, foi que você teve a ideia de criar a BOOM, que é a sua empresa de turismo de aventura voltada só para mulheres, certo?

Day (14:49)
Hoje o meu maior público é mulheres, esse ano principalmente, ano passado eu também cheguei a fazer mista, mas esse ano principalmente eu comecei a fazer outros projetos também de grupos mistos. Mas todos eles têm ⁓ objetivo sempre voltados para o autoconhecimento e também para conexão com a natureza. Cada lugar assim tem uma proposta diferente, Então para o Peru é mais voltado para a trilha, para a Amazônia é mais voltado para conexão, aí é estrictamente feminina, então assim.

para variar dos lugares e ter uma proposta diferente.

Sim, bem diversa. Ano passado, eu até fiquei até mais... Eu fiz acho que três ou quatro turmas para Amazônia e para o Caparó. Porém, esse ano diversifiquei bastante e é dos objetivos realmente da BOOM. a gente colocar várias experiências e cada uma delas proporcionar ⁓ objetivo diferente. Então, para Amazônia, por exemplo, eu volto muito para a ancestralidade, para o feminino, para o autoconhecimento, uma coisa muito mais voltada para isso.

E hoje dia, para o Peru, é mais voltado para trek, então já coloca mais montanha, é uma outra realidade. Para brólios, a vai fazer voltado para mergulho. Então, para cada experiência, é uma oportunidade para pessoa se conhecer de várias formas, sabe? Eu acho que esse é maior intuito.

Joao (16:18)
que

incrível e conta pra gente pouco mais sobre qual que é o público não vou falar o público alvo assim mas geralmente qual que é o tipo de pessoa que procura os serviços da boom assim tem ⁓ perfil

Day (16:30)
Hoje são a maioria mulheres. Na verdade, não só a bube, mas eu vejo que a mulherada hoje está viajando muito mais do que antes e também até mesmo do público masculino. Eu converso com parceiros, com amigos, agências que eu trabalho junto, agências turísticas. É assim, é a esmagadora quantidade de mulheres, é mais 90 % normalmente dos grupos. e o meu público, falo muito mais hoje, 80 % do meu público até nas redes sociais.

é o meu público feminino. Então mulheres normalmente, ⁓ uma faixa etária de 25 a 40 anos, mas tem variado bastante assim. Então tem mulheres com mais de 50, 60 anos que já viajaram comigo ⁓ diversas condições, de diversas formas. Mas hoje mais de % é público feminino mesmo.

Joao (17:19)
Mas por que você acha que o seu gênero predominante assim esmagador é o feminino? É alguma coisa que você meio que teve como como target assim no começo ou foi acontecendo? Você tem algum diagnóstico disso? Sim, alguma opinião?

Day (17:34)
Inicialmente foi por causa da minha experiência, que eu me vi muito ⁓ várias mulheres ou várias pessoas que gostariam de viajar, mas às vezes estavam pouco insegura, principalmente nesse mundo louco que a gente vive hoje, eu vejo que muitas mulheres têm medo de viajar, por conta de segurança, por conta de organização, de fazer tudo. Então foi uma oportunidade, eu tive essa...

esse primeiro passo de vou vender tudo e vou viajar. Então, eu tive vários desafios nesse caminho como mulher mesmo. Que hoje eu vejo que só o público feminino passa. Então, esses desafios para mim, encará-los inicialmente, eu compartilhei muito isso. Tanto para as pessoas ao meu redor quanto nas minhas redes sociais também. Então, o viajar sozinha hoje, ainda é uma... Hoje está muito diferente do que uns três, quatro anos atrás. Mas ele ainda é ⁓ desafio muito grande.

Então, como eu passei por isso, eu quis incentivar e trazer isso inicialmente para o público feminino, para falar assim, olha, se eu consegui, se eu passei por isso, você também consegue, eu tô aqui para te ajudar, então vambora comigo. Então, proporcionar isso para elas. Então, a partir daí que eu vi que o público era muito vasto, muito grande, que o interesse era muito grande, então eu comecei cada vez mais a aprofundar isso. E tem aspectos hoje que a mulher, ela vive.

Não só ⁓ viagem, mas eu vejo até ⁓ público diferente das solteiras, casadas, que tem mais idade, ou que determinadas condições vão querer viajar sozinhas. Eu quero tempo pra mim, eu preciso desse tempo só pra mim. Falei, cara, é isso. Você tem esse tempo, esse momento aqui só pra você. E pelos feedbacks das meninas que eu vejo que viajam e voltam.

Sempre no Daumid Beck, a maioria delas é sempre uma virada de chave. Então, como eu acredito muito na viagem com uma ferramenta de transformação muito grande, eu trago muito isso para as minhas expedições. Então, não é uma viagem somente 100 % turística. Uma porcentagem turística para conhecer, mas vários momentos eu trago as aulas de yoga e também as rodas de conversa, porque nessas rodas de conversas dinâmicas eu trago bastante reflexões.

sobre o cotidiano, sobre as coisas da vida, sobre o trabalho, sobre ser mulher nesse mundo louco e diversas formas. Então essas rodas é o grande diferencial. Porque é ali que é o momento que elas vão ter momentos delas, de mais ninguém. Então acho que esse é o grande diferencial da BOOM. E nas expedições mistas, ela acaba trazendo, atraindo bastante pessoas que 100 % das vezes é conectados com a natureza. Querem ter esse momento, querem sair da cidade.

e vivencia é algo único que só a natureza pode trazer, sabe? Essa leveza, esse sentimento de bem-estar muito grande é só a natureza que consegue trazer. Então proporcionar isso para as pessoas é grande diferencial e que podem trazer grandes transformações.

Joao (20:36)
Que incrível, inspirador. Então, assim, eu também concordo com você no sentido de que viagens transformam e, sobretudo, experiências na natureza. E eu estou imaginando que você conseguir fazer uma expedição com pessoas que você não conhece e, ainda assim, ter uma conexão profunda deve ser muito gratificante tanto para a pessoa que está ali se propondo a fazer isso quanto você que está oferecendo o serviço. Acho que deve ser uma troca.

Muto ali, negócio assim, uma energia muito da hora, né?

Day (21:08)
Muito, muito. E é uma experiência super legal porque nossa, a maioria sai de lá já marcando outras viagens, continua o contato e troca mensagem, troca ideia. Isso é muito legal porque quando você viaja, você está aberto a muita coisa. E por exemplo, tem roteiros, o do Peru, por exemplo, são 10 dias. Então são 10 dias que você vai passar com as mesmas pessoas, emenciando diversas situações, te colocando a situação fora da sua zona de conforto. Você tem que enfrentar ali sozinho e ao mesmo tempo compartilhar com outro.

A Amazônia é pouco menor, 7 dias, mas são dias que você tá aberto ali, realmente, a tudo. Você sai do seu ambiente, que seja do trabalho, zona familiar, zona pessoal, vai pra outro lugar que muitas vezes a maioria você nunca foi. Então você tem que estar aberto ali realmente a dessas transformações, a essas trocas genuínas. Eu falo muito, principalmente, com as meninas. A gente se vê muito uma na outra. Uma coisa que você passa...

Às vezes uma coisa que eu já passei, ou estou pra passar, ou estou passando também, então esses encontros eles geram conexões muito genuínas. Então a partir daí se tornam duradouras também, né? Porque se conecta, aí acabou. E depois... é, é coisa boa.

Joao (22:20)
E eu concordo, eu imagino que devem ser conexões muito genuinas porque você tá ali, enfim, numa montanha fazendo uma trilha, você não tem muito interesse fazer conexões, amizade com uma pessoa só porque ela tem dinheiro ou porque ela é bonita ou porque, sabe, tipo, você não precisa, assim, então, de fato é genuíno. E explorando pouco mais, então, esse ponto, teve alguma experiência que te marcou mais?

Day (22:45)
Nossa, vários!

Joao (22:48)
Pergunta difícil, né?

Day (22:50)
É,

se eu vou falar aqui... Nossa, muito difícil. Eu poderia contar até amanhã, eu acho. Mas, recentemente, pra Amazônia, uma mãe viajou comigo. E ela estava gravidinha. Ela descobriu que estava grávida, sei lá, dias... dias antes da viagem. Ela me ligou desesperada, falou assim, meu Deus, estou indo pra Amazônia, será que tem como, hein? Falei, calma, pera lá. Começa com o seu médico, pega as orientações, tudo direitinho.

Então, às vezes, certa circunstância, assim, eu tenho, hoje eu tenho 32 anos, guiar pessoas para certos caminhos ou para determinadas situações é desafio e uma responsabilidade muito grande. Então, esse momento me marcou porque querendo ou não, era momento muito sensível para ela e estar fazendo parte dessa fase da vida dela e de uma forma tão conectiva que é a Amazônia.

Nossa, para mim me marcou demais. foi... Nossa, só de lembrar dos momentos e pensar na situação, me emociona bastante porque é uma responsabilidade muito grande, mas que eu agarrei, abracei e me transformou também. Porque o olhar de todas elas que viajam comigo são olhares muito diferentes umas das outras e que sempre tem algo a contribuir. Então, ter essa oportunidade de...

está proporcionando esse momento, que ela falou para mim que era momento muito especial. A Amazônia era ⁓ sonho. Isso é outra coisa também que mexe muito comigo, que me marca sempre. Quando uma pessoa vira e fala assim, nossa, é o meu sonho conhecer tal lugar. E eu vou conseguir realizar com você. Então, isso para mim sempre me marca muito. Porque querendo ou não, de alguma forma, eu estou conseguindo proporcionar essa realização. Então, isso para mim...

marcou demais, assim, que eu vou carregar por bastante tempo, de ter essa oportunidade de estar conduzindo ali. E pelas experiências que ela me trouxe durante a viagem, que marcaram ela também de diversas formas, assim. E eu lembro que ela chegou pra mim e eu tenho uma grande amiga que vai comigo nas expedições com mulheres, que é fotógrafa e ela faz os registros, aí ela virou pra gente e falou, nossa, eu quero tirar uma foto muito especial pra eu anunciar que eu tô grafica. Ela nem tinha anunciado ainda.

Aí eu olhei pra ela e falei assim, que responsa ⁓ dar o palmo. Então assim, pra mim... Assim, às vezes pode parecer até algo simples, mas nossa, isso pra mim fez uma puta diferença. Então, me marcou bastante.

Joao (25:24)
Que isso, eu acho que é simples de maneira alguma. Primeiro que você está realizando os sonhos e segundo que as pessoas estão confiando a vida deles, o sonho deles ⁓ você. Uma coisa assim muito grande.

Day (25:34)
Quando

uma pessoa vira pra mim e fala assim, eu nunca fiz uma trilha na minha vida, é primeira vez que eu estou fazendo, eu falei nossa, eu fico enlouquecida. Eu falei, agora então, que você vai fazer dessa forma, te ajudo, vamos embora. Porque eu sei o quanto me transforma todas as vezes que eu estou no meio da natureza. E eu vejo o quanto isso transforma outras pessoas também. Então eu cara, isso é uma coisa boa pra caramba, eu quero...

cada vez mais, passando isso pra frente, que todo mundo consiga e possa vivenciar isso também. É muito legal.

Joao (26:04)
Então eu já vou agora eu vou lançar uma pergunta difícil aqui para você que é a seguinte obviamente você adora todos os roteiros que você oferta mas qual hoje é o carro chefe e qual é o seu favorito pessoalmente?

Day (26:21)
Nossa, aí se lançou a brava mesmo. Foi difícil mesmo, porque assim, eu posso dizer que o meu cargo chefe hoje tem dúvida é Amazônia, porque eu faço três turmas para lá por ano, às vezes quatro. Então eu posso dizer que o cargo chefe, porque eu tenho, foi meu primeiro roteiro, o de onde tudo se originou, e a procura que eu tenho hoje é muito grande, para os roteiros, principalmente de selva.

que acontecem no período da cheia agora. dezembro, até junho, assim, é o período da cheia de lá. Então, eu posso dizer que é o cargo chefe mesmo. Tanto que a última expedição agora desse ano, a primeira turma, fechou 24 horas. Foram 12 vagas que fecharam e eu tive que abrir mais três para conseguir encaixar e abrir uma segunda turma. Então, eu posso dizer que é o meu cargo chefe. Agora, a minha...

preferida é difícil. Eu não tenho nem como responder porque assim hoje pra mim é uma das minhas maiores paixões eu posso elencar da seguinte forma né montanha mergulho floresta pra mim são os meus três pilares assim da natureza que eu tenho conexões profundas e dentre essas três são conexões sempre assim não vou dizer 100 % mas muito diferentes das outras então não tem como falar que se eu pudesse

elencar pra ti agora, qual o destino de floresta é uma... aí tudo bem, eu poderia falar.

Joao (27:45)
A gente pode colocar nessas

Day (27:50)
Fica pouco mais fácil. Porque eu não consigo comparar, por exemplo, a minha conexão que eu tenho com a floresta amazônica, com o mar, por exemplo. Que eu sou loucamente apaixonada por mergulho também. Então, poderia dizer que termos de floresta, viajei bastante pela Indonésia, algumas partes da Ásia e tudo, mas hoje a floresta amazônica, pra mim, é realmente a minha preferida, minha maior conexão ancestral, conectiva, tudo. E termos de mar...

Eu poderia dizer que das minhas expedições de mar eu já fiz para Noronha, para a Ilha Grande, e agora vou fazer para Abrolhos. Dentre esses três eu poderia dizer... Ai, que difícil. Poderia dizer Fernandes Noronha, porque eu tenho uma conexão muito grande com aquela ilha também. Mas isso dentre as expedições, não os lugares que eu já viajei. E dos roteiros de montanha eu poderia dizer o Peru também.

Porque foi uma puta experiência, foi a primeira turma internacional, no caso foi ano passado, pra lá e nossa, foi uma experiência gigantesca. O trek ⁓ si, ele já gera uma transformação, desafio muito grande pessoal. Então, vivenciar isso com outras pessoas também, não é só desafiador de uma forma boa, mas também uma transformação muito grande que gera. Nossa, é uma caminhada, é você com você mesma o tempo todo.

se desafiando, ao seu físico, com o seu mental principalmente, ao mental ali projetando e conduzindo tudo e você tem que gerenciar tudo isso ao mesmo tempo. Então é experiência bem legal. O Peru eu tenho amor, uma paixão muito grande por aquele país. Tanto que eu tô voltando pra lá semana que vem.

Joao (29:30)
O Peru é muito incrível, falando sobre a Amazônia, eu tenho a sensação que, apesar de ser Brasil, o brasileiro médio que mora aqui, a população brasileira está concentrada ali no sudeste do Brasil, sabe tanto sobre a Amazônia quanto ⁓ europeu médio. Por exemplo, eu mesmo nunca tive a oportunidade de ir na Amazônia na parte brasileira. Então acho que ainda tem essa questão do desconhecido.

Day (30:00)
com certeza, até porque até é recente, vou dizer que é recente esse acesso aos brasileiros à Amazônia. Até antes da pandemia, a Amazônia era destino pra, vamos dizer assim, pra gringo, entre aspas, né? Pra estrangeiro. Estrangeiro que vai tanto pra Amazônia quanto pro Pantanal. Hoje o Pantanal, inclusive, é menos acessível ainda do que a Amazônia, por conta da questão da acessibilidade mesmo e questão de valores também.

A Amazônia passou a mais conhecida pelos brasileiros depois da pandemia, porque voltou-se a viajar muito, Então as agências pegaram pesado também para fazer essa divulgação de roteiros e de lugares turísticos por lá. Então isso facilitou o acesso das pessoas, de brasileiros principalmente, na Amazônia. Até hoje ainda tem esse bloqueio, vamos dizer assim, né? Uma coisa muito distante. Até as meninas mesmas que entram contato comigo falam, tipo assim...

Eu não acredito que eu vou conhecer a Amazônia. Tipo, até agora não caiu minha ficha ainda, que isso vai acontecer. Nossa, mas assim, é totalmente possível. E você faz uma viagem para lá com investimento menor do que você faz, até mais perto da sua casa, vezes, entende? Então, é uma coisa que todo mundo tem uma distância muito grande, uma ideia de que é uma coisa muito só para gringo mesmo, para os internacionais, e que na verdade é uma coisa bem mais acessível do que muita gente acha.

Joao (31:23)
Não, que interessante você dizer isso porque na minha cabeça eu tinha a Amazônia como destino caro, assim, você acabou de desconstruir. Até porque geograficamente também é muito longe, né, assim, da maioria das pessoas ali. Falando de novo, sudeste.

Day (31:36)
Infelizmente isso querendo não é problema mesmo Porque nossa, eu já peguei voos para Amazonas Que eu tive que rodar quase o Brasil inteiro para chegar lá Mas hoje tem pontos aéreos muito maiores e mais acessíveis Principalmente saindo de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasil Você já consegue voos diretos Mas ⁓ questão de investimento mesmo Se tornou bem mais acessível do que ⁓ tempo atrás E depende muito também do estilo do tipo de viagem que você quer fazer Se você quer...

Com muito conforto, as pousadas de selva, exemplo, hoje, elas oferecem conforto muito grande e automaticamente diárias também, que vão querendo ou não trazer pouco mais de investimento. Mas hoje a gente tem opções de destinos e atividades turísticas no Amazonas que dá para você fazer assim, mais tranquilo. O Fernando de Noré você pode gastar mais. Indo para Mato Grosso, por exemplo, bonito, é lugar que investe pouco mais.

Você consegue roteiros lá bem mais acessíveis do que a, posso dizer, garante, três, cinco anos atrás, concept.

Joao (32:40)
Bacana saber. Então você também entrou no assunto Peru. Eu vi que você está se preparando agora para fazer ascensão de algumas montanhas acima de 6 mil metros. Conta para a gente ⁓ pouco mais sobre esse preparo.

Day (32:53)
Nossa, eu até respiro fundo falando desse projeto. Porque eu posso dizer que foi o projeto principal, ⁓ dos projetos principais desse ano, essa ascensão ao 6 mil. Porque eu tive uma paixão muito grande a primeira vez que eu fui para o Peru e eu quis me desafiar realmente quando eu fui para lá. A minha primeira alta montanha foi o vulcão Mist, de 5.820 metros de altitude. Foi no retrasado que eu tive oportunidade de ir.

E isso me pegou demais, assim, porque quando... Era uma coisa que eu acho que eu decidi sem medir muitas consequências, tipo assim, ⁓ eu não sei o que vai dar, mas vamos embora. E quando eu cheguei no topo do vulcão, foi uma coisa tão louca que eu falei, eu quero fazer isso muitas e muitas vezes. Eu decidi lá meio que decidida, e eu... nesse meio tempo que inclusive eu conheci o Faiza. Então isso só fomentou ainda a minha vontade, porque ele também é montanhista há muitos anos.

com experiência e tudo isso só foi juntando cada vez mais esse desejo. Aí ano passado voltamos para lá, fizemos mais algumas montanhas. E foi minha primeira montanha acima do 6 mil no ano passado no Tchatiáni ⁓ Arequipa, no Peru. E eu falei assim, agora o desafio vai aumentar, porque se eu fiz essa montanha de 6 mil, então acho que tem outras aqui que dá para desbravar pouco mais. Foi quando a gente traçou esse objetivo, agora maio a gente está indo para lá. Agora sim, Sexta-feira estamos embarcando para lá.

e vamos passar mais de 20 dias entre a aclimatação e selecionamos algumas montanhas a dedo, acima de 6 mil, para gente realizar. Vamos fazer feito bem legal, bem interessante, e eu tenho me preparado bastante. Tem uns meses de preparo físico, alimentação e tudo, por mais que a gente precise obrigatoriamente fazer a aclimatação, porque a gente já chega no país com uma altitude muito diferente.

E principalmente a região onde a vai ficar área equipa, a altitude relação ao mar já é bem distante do que a gente está aqui no Brasil. A gente precisa disso, mas bom preparo físico e mental principalmente, ele é muito importante. Então a gente já está se preparando uns meses aí para a gente conseguir fazer esses feitos. Eu só não vou falar ainda as montanhas porque está guardadinha as chaves, mas a gente logo logo vai divulgar.

Joao (35:10)
É,

tem que ter o quesito surpresa, né? Mas, é, e assim, eu acho que embora nunca tenha feito uma montanha tão alta, a Herrerefeito não é brincadeira. Então, de fato, exige preparação, mas o intuito de fazer essas montanhas é mais por satisfação pessoal ou vocês estão planejando também incluir aí como dos roteiros da agência.

Day (35:32)
Essa é especificamente ⁓ projeto mais pessoal. Por mais que a gente esteja trabalho juntamente com algumas marcas que estão entrando junto com a gente no patrocínio, é projeto mais pessoal mesmo do que qualquer coisa. desafio, eu falo que meu desafio é o meu maior desafio de montanhas até hoje. Então a gente está colocando muita energia nisso, para que seja realizado, mas é uma coisa mais pessoal mesmo.

Inicialmente, até então, a gente não tem ainda roteiros projetados voltados para a montanha. Assim, de alta montanha, né? Porque é uma coisa também que a precisaria até estruturar pouco mais de tempo, até mais experiências, eu digo. Mas a gente já tem roteiros também, por exemplo, o Pico da Bandeira, que é a terceira maior montanha do Brasil, que fica localizada no Espírito Santo. Entre Espírito Santo e Minas ali, a gente já está com roteiro esse ano para agosto. Então gente está começando a...

Cada vez mais é incluir algumas coisinhas. Mas no roteiro do Peru, setembro, final de setembro para outubro, a gente tem no roteiro duas montanhas, uma acima de 4 mil e uma acima de 5. Que isso já inclusive, acima de 5 principalmente, já é considerado alta montanha.

Mas tem uma probabilidade de a gente esticar pouquinho mais e levar as meninas que tiverem interesse durante a viagem a gente esticar e fazer alguns vulcões ali por perto também. Mas aos pouquinhos a gente vai colocando no roteiro.

Joao (36:56)
Pô, que irado. E o Peru é muito incrível, né? Assim, eu acho que se você for analisar pelo quesito... Porque, óbvio, o Brasil tem muitas coisas incríveis, mas o Brasil é continente. Agora, o Peru é bem menor, só que você tem uma diversidade de coisas para fazer. Você tem deserto, alta montanha, a história, ou pelo menos a história que os espanhóis...

é deixaram né você tem é cachoeira você tem a amazônia peruana né com cachoeiras incríveis então assim eu acho peru sem falar da comida também né que é maravilhosa

Day (37:30)
Não, nem fala. Porque assim, é uma coisa que mexe comigo. É culinária peruana. Eu sou apaixonada. E realmente aquilo que você trouxe é muito fato, é muito real. O Peru é muito diversificado. Se você vai para o norte do Peru, você encontra montanhas incríveis. coisa... Regiões ali voltadas muito para inverno, né? Frio e tudo. Quando você vai para o litoral, você é uma das melhores ondas que tem na América do Sul. Para você pegar, você encontra mar ali.

Aí no meio, mais para o centro, você vai e o deserto, o deserto de Alcatina e vários outros lagos. Maravilhoso. Você vai para o sul, você encontra outros vulcões, enfim. Então, é ⁓ país muito especial. Tem uma cultura muito diversificada, é uma cultura que é, por mais que sejam latinos ali, está muito próximo da gente, ao mesmo tempo, com culturas muito enraizadas, muito ancestrais, muito antigas. Então, isso traz ⁓ aspecto...

espiritual mesmo, é ancestral muito forte, Que independente de religião, independente de qualquer coisa, traz uma conexão, principalmente, com o Patiamama, né? Com a terra ali, muito profunda. Então, eles têm uma devoção muito grande pela natureza. Eu acho que é isso que mais me instiga nesse país. E fora diversificação de coisas, de atividades que dá pra fazer, né? Montanha, mergulho, deserto, trekking, enfim. Tem muita coisa pra fazer lá.

Joao (38:52)
Sim, e aproveitando que a gente está falando então sobre futuro, por mais que seja futuro próximo, qual assim é o seu grande objetivo pra BOOM, vamos dizer assim a longo prazo, médio-longo prazo?

Day (39:03)
Olha, eu quero que a BOOM se torne hoje referência, realmente, a viagens de conexão. E especificamente com a natureza. A conexão entre pessoas, antes de qualquer coisa, com a natureza externa e a sua natureza interna. Então, que ela se expanda cada vez mais para vários lugares, tanto do Brasil quanto do mundo também, mas que nunca perca essa essência, que é o grande objetivo dessa conexão com a natureza.

Então, para futuros bem próximos, inclusive, ela pode se estender para vários outros destinos, mas sempre, sempre prezando bastante por essa conexão com a natureza. E automaticamente, a natureza é externa, mas muito mais interna do que antes de qualquer coisa.

Joao (39:52)
que incrível e eu acho muito bacana que você traz experiências envolvendo três elementos diferentes. Então água, montanha e floresta. Nossa, me fugiu o terceiro ia falar fogo. Não, pera, fogo não. E assim, para além dessas expedições que vocês vão estar fazendo agora, alguma outra novidade que você gostaria de anunciar para o público?

Day (40:07)
Os limites.

Olha, por enquanto... Além das... Tem as expedições que ainda tem vagas, Isso aí eu não tenho como deixar de falar, assim, porque... Acaba rápido, mas ao mesmo tempo ainda tem algumas expedições aberto como Lençóis Maranhenses, que é uma das jóias raríssimas no Brasil que a gente tem hoje também, na travessia. E Peru ainda também tem algumas vagas. Mas que esse ano a agenda, vamos dizer assim, tá toda...

Praticamente fechadinha, assim, de todos os projetos e das expedições Mas gostaria muito de deixar o site que é da ndan.com.br Que no site a gente tem todas as informações de todas as expedições E lá tem todos os detalhes E eventualmente pode ser que surja outras Mas no final do ano a gente vai ter uma muito especial Que foi recente de uma viagem que eu Fai fizemos juntos E a gente vai abrir roteiro para o final de ano Para lugar muito, muito especial

envolvendo o track, envolvendo o mergulho, tudo numa viagem só. Vai ser muito, muito legal.

Joao (41:20)
que isso incrível futuro bastante promissor né e esse ainda é enfim vou deixar os seus contatos aqui também né para a galera a te seguir te acompanhar mas teria alguma outra mensagem final que você gostaria de deixar

Day (41:36)
A mensagem final que eu gosto muito sempre de deixar para as pessoas é que se permitam antes de qualquer coisa, me vivenciar. Experiências novas transformam muito. Assim como eu falei com outro bate-papo com uma outra pessoa, falei assim, a gente sempre tem que tentar, sabe? Se propor a coisas novas para que isso... Porque a gente pode descobrir coisas que...

Puxa, eu era apaixonada por isso e nem sabia, sabe? Então, se propôr a sair da zona de conforto, se propôr a realmente atentar e fazer coisas novas pra gente se descobrir cada vez mais, o ser humano não é uma coisa só, sabe? Uma coisa permanente. gente cada vez mais descobre algo sobre si, cuidar bastante da saúde, porque é dos pilares que mais importam hoje dia, que eu vejo.

E esse contato com a natureza, para que cada vez mais a gente tenha esse contato com a natureza para voltar sempre para a nossa essência, porque a natureza faz a gente fazer isso. Se voltar para a nossa essência, entender o propósito de tudo, porque a partir disso a gente consegue entender não só o nosso objetivo, mas a união como todo, né? Da gente para com os outros e com o mundo, a gente consegue viver com muito mais propósito. Então é isso.

Joao (42:54)
Que bacana, até porque no final das contas nós somos a natureza. Muito obrigado por esse bate-papo.

Day (43:00)
Que legal, gostei demais, eu que agradeço.